Cajazeiras no Congresso Nacional
A cidade de Cajazeiras, desde que Edme Tavares e Raimundo Lira, um na Câmara Federal e outro no Senado não foram reeleitos vive com alma alanceada e com gemido trancado no coração, sentido os seus horizontes fechados e com mínimas esperanças de ver um dia um filho seu eleito para o Congresso Nacional.
Parece que vivemos numa tarde sombria e chuvosa, própria para um funeral de ilusões. Nas eleições deste ano tivemos oportunidade de ouvir e ver um grito retumbante de nosso povo, como se fora um protesto, sufragar o nome do sapateiro, Antonio Gobira, que arrebatou nas urnas uma quantidade de votos que o consagrou como um campeão de todas as eleições para deputado federal, em nossa cidade.
Gobira faz parte do rol de que são os “loucos que fazem a História”. Uns acreditam que ao votar n`Ele seria desperdiçar o voto, outros, porém, vislumbravam o alimento e a água para matar a fome e a sede e minorar o desejo incontido de possuir um filho no Congresso Nacional. Para nós, Gobira foi um legionário de Lampião contando as suas façanhas no cangaço, foi um grito de esperança.
As nossas esperanças não morreram com a derrota de Gobira, porque, no fim do túnel, existiam outras esperanças, que vez por outra afloravam na imprensa e na vida política da Paraíba: …se o senador Vital do Rego for ser ministro da presidente Dilma, o cajazeirense Raimundo Lira assume o senado.
Eis que, esta semana o nome do senador Vital é indicado pela Câmara Baixa para ser ministro do Tribunal de Contas da União e este fato, depois dos trâmites legais, ao ser consolidado, o cajazeirense Raimundo Lira ganha quatro anos de mandato. Nascido em Cajazeiras-PB no dia 16 de dezembro de 1943, Raimundo Lira é um economista, empresário e político. É filho de José Augusto de Lira e França Oliveira de Lira.
Foi aluno do velho e tradicional Colégio Salesiano Padre Rolim, onde fez o curso ginasial e o secundário na Escola Preparatória de Cadetes do Exército Brasileiro. Formou-se em Economia pela Universidade Federal da Paraíba e foi presidente do CEU(Clube dos Estudantes Universitários).
Em 1986 lançou sua candidatura ao senado pelo PMDB, sendo eleito, contra a forte candidatura de Wilson Braga ao mesmo cargo. Em 1994 candidatou-se novamente, mas não conseguiu eleger-se, ficando no cargo até 1995.
Na eleição de 1986 foram vários os candidatos a senador e dentre eles destaco:
Lira PMDB 615.533 29,97% Eleito
Humberto Coutinho de Lucena PMDB 607.266 29,57% Eleito
Wilson Braga PPR 388.878 18,94% Não Eleito
Maurício Leite PPR 267.111 13,01% Não Eleito
João Bosco Braga Barreto PPR 40.723 1,98% Não Eleito
Fez um mandato irrepreensível e presidiu uma comissão justamente na época em que estourou o conhecido escândalo dos anões do orçamento. Porém, durante todo o seu mandato não foi citado uma só vez em qualquer escândalo ou acusação, o que, até hoje, lhe rende comentários elogiosos de lideranças nacionais.
Nas eleições de 2010 foi eleito como primeiro suplente do senador Vital do Rego Filho, cujo nome foi indicado esta semana para ser Ministro do TCU, fato que o elevará ao cargo de senador.
Cajazeiras e os cajazeirenses apostam que Raimundo Lira voltará seus olhos para a cidade que lhe serviu de berço e lhe proporcionará as ações necessárias para o seu desenvolvimento econômico e social.
Raimundo, Cajazeiras tem em você uma grande esperança e que devote à esta nesga de terra paraibana, fincada no extremo oeste do estado, castigada pelo sol, mas acalentada pelos ventos noturnos do Aracati, pequenina, mas grandiosa em seus gestos, fecunda de ações, imortal, viva de tradições, o seu amor filial e quer receber você com ramalhete de flores colhidas nos pés de jurema, símbolo da resistência sertaneja.
Como diz Alcides Carneiro: “recordar não é viver de lembranças, é morrer de saudades”. Venha à sua terra matar as saudades, rezar nos degraus da eternidade de nossa Catedral, ouvir o clamor de seu povo e cantar o hino da esperança.
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