Cajazeiras e o novo ano
Por José de Anchieta
A passagem de ano sempre se reveste de expectativas novas, mesmo que em situações adversas, a exemplo da atual. Aliás, estamos chegando ao final de um ano marcado por muitas dificuldades de ordem política, econômica e social, com reflexos negativos para a qualidade de vida da população. E em meio a essa crise, o que esperar de 2016? Eis, portanto, o grande questionamento que se faz.
No nosso Sertão seco, particularmente, o cenário de incertezas se mistura com um pouco ainda de esperança num futuro promissor. Esperança na chegada das chuvas para por fim a esse longo e grave período de estiagem, que tem secado mananciais, dizimado rebanhos e afetado, duramente, a economia regional.
Esperança em mudanças na economia e em mais dignidade na vida pública.
O novo ano chega também para propiciar oportunidades de decisões políticas importantes na vida de todos. É ano de eleições municipais. E, nesse sentido, os cajazeirenses e sertanejos, a exemplo do que ocorre em todos os municípios brasileiros, têm a oportunidade da escolha, de decidir sobre seu próprio rumo.
As disputas municipais no Sertão nordestino, tradicionalmente, são marcadas por muito envolvimento e acirramento. Certamente, teremos já partir destes primeiros meses, toda uma movimentação política, com as expectativas da população girando em torno das definições sobre alianças e candidaturas a prefeito. É sempre assim em anos de eleições municipais, apesar de todo o descrédito da população com a classe política.
Pois bem, esse é o quadro que se desenha neste final de ano e chegada de 2016. Que em meio a esse momento de dificuldades e de renovação das esperanças, desperte em cada um dos cajazeirenses e sertanejos o espírito de luta e de defesa permanente dos interesses coletivos da cidade e da região.
Cajazeiras, por exemplo, precisa reverter determinadas situações, marcadas por reveses sofridos ao longo dos últimos anos. A cidade do Padre Rolim termina 2015 sem concretizar o sonho do aeroporto regional, uma obra fundamental para seu desenvolvimento econômico e social. As famílias vítimas da violência crescente continuam sofrendo com a ausência do serviço de medicina legal. E o fechamento da Clínica Psiquiátrica Santa Helena? Lamentável.
E não é só isso. Os cajazeirenses querem e merecem mais. São muito legítimas as cobranças e reivindicações por serviços de saúde de média e alta complexidade e por investimentos em mobilidade urbana. A cidade avançou muito no campo educacional, principalmente depois do surgimento das faculdades privadas, mas as políticas públicas não acompanharam esse crescimento. Os problemas são muitos, e exigem soluções rápidas.
É preciso despertar e congregar forças para se enfrentar os desafios e se criar novas perspectivas de crescimento e desenvolvimento com mais igualdade de condições. A cidade não pode parar. Que o novo ano seja o início de um novo despertar para um povo que ainda sonha com um futuro melhor.
Feliz 2016!
Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Sistema Diário de Comunicação.
Leia mais notícias no www.diariodosertao.com.br/colunistas, siga nas redes sociais: Facebook, Twitter, Instagram e veja nossos vídeos no Play Diário. Envie informações à Redação pelo WhatsApp (83) 99157-2802.
Deixe seu comentário