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Radomécio Leite

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Cajazeiras de braços cruzados 3

07/08/2011 às 14h33

A cidade de Cajazeiras clama por mais investimentos do setor público, por mais verbas federais e estaduais para que não percamos o “bonde da história”. O setor privado tem feito a sua parte e contribuído de forma destemida e aguerrida para o progresso da cidade, falta agora o poder público municipal se envolver com os grandes projetos que o município precisa para acompanhar o ritmo da iniciativa privada.

No período – 2000/2008, muitos foram os projetos encaminhados para Brasília e mais ainda as adesões do município aos grandes programas nacionais, tanto no aspecto social, de saúde, educacional e de infra-estrutura.

Até nos dias atuais, depois de quase três anos do término do mandato de Carlos Antonio, ainda estamos sendo beneficiados com as adesões realizadas no passado, como é o exemplo da UPA, do SAMU, do esgotamento sanitário e do calçamento de ruas.

Esta semana li no “transparência cajazeiras”, que uma construtora havia recebido, no último mês de maio, a importância de R$382.411,16, destinados ao pagamento de vinte e duas ruas que foram calçadas a paralelepípedos e pude observar que estes recursos foram de projetos aprovados e contratados ainda no ano de 2008, conseguidos através de uma Emenda Parlamentar, período em que o município de Cajazeiras ainda podia celebrar convênios com o Governo Federal, fato que há vários meses não está mais podendo devido está inadimplente com suas obrigações sociais e ausência de prestação de contas de convênios.

Não tenho tido conhecimento que a Secretaria de Planejamento de Cajazeiras tenha feito nos últimos 31 meses projetos de envergadura que pudessem transformar esta cidade num canteiro de obras, muito embora a sociedade civil organizada tenha dado a sua contribuição, tentando indicar alguns caminhos.

Todos nós temos conhecimento o quanto é difícil e demorado o trâmite destes processos em Brasília e o quanto mais demorarmos, maior ainda o tempo destes recursos aportarem nas contas bancárias do município.

Há anos a sociedade cajazeirense clama pela instalação de um Instituto de Medicina Legal (IML), mas quem está à frente desta luta, por incrível que pareça, é a própria sociedade civil organizada. Sobre fatos desta natureza, recordo-me quando era prefeito o advogado Antonio Quirino de Moura (1972/1975), bastava haver um sinal de possibilidade da implantação de qualquer órgão na cidade, no dia seguinte amanhecia na porta do Palácio da Redenção, com o projeto debaixo do braço e a escritura do terreno, já doado, através da Câmara, para construir a obra.

Cabe uma pergunta: quantos projetos foram encaminhados para Brasília nos últimos dois anos e sete meses? Vale lembrar que qualquer projeto encaminhado este ano, dificilmente, mesmo sendo aprovado, o dinheiro vai ser liberado, porque no próximo ano vamos ter eleições municipais e a exemplo das vezes anteriores a Justiça Eleitoral vai mandar bloquear, antes de junho, a liberação de recursos. Dinheiro novo, talvez, só em 2013.

Quando será que a Perimetral Norte vai ser feita? E a continuidade da João de Sousa Maciel até chegar a BR 230? E a perenizarão do Rio Patamuté? E o lixão? E as cem ruas que faltam calçamentos? E o contorno do Açude Grande? E os incentivos para instalação de indústrias? E as trezentas casas?

E as creches? E os escombros do Hospital Municipal? E a Estrada do Amor? Quando teremos um projeto de envergadura para a área cultural? E quando será que vamos ter um grande ginásio para eventos esportivos?

Será que tem pelo menos um oficio, ao Ministério da Cultura, pedindo novos instrumentos para a Banda de Música Santa Cecília? Quantos outros ainda poderiam ser citados?

Não quero ter a pretensão que o atual prefeito opere milagres e resolva num passe de mágica todos os problemas do município, mas pelo menos poderia mandar elaborar, se é que não existem, os projetos que poderiam transformar o município num grandioso canteiro de obras e colocá-los debaixo do braço e bater nas portas dos ministérios, em Brasília, do mesmo jeito que fazia Antonio Quirino, na década de 70.

Esta cidade não pode continuar de braços cruzados.
 

Radomécio Leite

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Contato: [email protected]

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