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Reudesman Lopes Ferreira

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Cadê nossos craques?

22/04/2022 às 16h53 • atualizado em 22/04/2022 às 17h08

Coluna de Reudesman Lopes - (Em pé: VANVAN, BRASILEIRO, França, NILSINHO, Edinho e Jorge. Agachados: CORONEL, CAÇOTE, DARLAN, WILTON e EDILSON) - Os nomes escritos em letras maiúsculas são daqueles que são jogadores filhos de Cajazeiras.

Por Reudesman Lopes

Outro dia desses fui parado lá no Balde do Açude Grande e um desportista cajazeirense queria saber a causa que a nossa cidade havia parado a sua “fábrica de craques”. Esse cidadão começou a nos fazer perguntas e mais perguntas. Valha-me Deus, estou sendo entrevistado? Pensei comigo. Como adoro ser entrevistado e gosto mais ainda de conversar sobre o futebol da terrinha não me causou nenhum problema algumas horas, sim, foram horas, papeando sobre essa matéria.

Primeiro ele queria saber porque o Atlético não tinha nenhum jogador da casa. Falei que se não tinha nenhum atleta de Cajazeiras era porque nós, talvez, não tivéssemos esse camarada para vestir a camisa do Trovão. Mais professor eu já vi o Atlético com muitos jogadores de Cajazeiras? Respondi: “Você viu? Pois eu trabalhei como preparador físico desses camaradas”. Talvez você nem se lembre deles, então vou lhes dizer que em 1985 o nosso time era: Brasileiro no gol, VanVan e Nilsinho da zaga, Darlan e Coronel no meio de campo e Caçote, Wilton Moreno e Edilson no ataque, são oitos jogadores de Cajazeiras e todos titulares, para compor esse time: França na lateral direita, Jorge na lateral esquerda e Edinho no meio campo. Naquele momento estávamos chegando com uma safra nascida no amadorismo do Duque de Caxias de raro talento. Só meu amigo que essa safra acabou e tivemos que nos contentar com a chegada, aqui acolá de um talento, exemplifico os irmãos Bel e Giqueta, mas, ainda teve outros.

A safra lá de trás, do Duque de Caxias nasceu nos campinhos de peladas que existiam em quase todas as ruas de Cajazeiras e nos campeonatos de pelada, por exemplo, “no vilinha”. Hoje temos as escolinhas do futebol, verdade seja dita, excepcionais, mas, nem sempre aquele menino pobre lá da periferia, que joga muita bola, tem a oportunidade de participar deste trabalho pois lhe falta condição financeira para tal.

Se olharmos os times que o Atlético formou nos últimos tempos vamos ver que não temos ninguém de Cajazeiras, sei que não é falta de oportunidade, é falta mesmo de bola, de futebol, evidente que existem exceções, mas, em sua maioria o que acontece é o que escrevi acima.

Tenho conversado e opinado sobre políticas públicas para o futebol de Cajazeiras com os nossos secretários esportes e uma delas seria a construção e ou reforma de campos de futebol em nossos bairros, nossos distritos e na zona rural, essa seria uma forma de voltarmos a ter em nossa cidade jogadores para, pelo menos lembrar um Darlan, um Pelado, um Wilton Moreno, enquanto não dermos prioridade a base, não vamos a lugar algum.


Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Sistema Diário de Comunicação.

Reudesman Lopes Ferreira

Reudesman Lopes Ferreira

Professor de Educação Física, Membro Efetivo Fundador da Academia de Artes e Letras de Cajazeiras, Escritor, Fundador do Museu do Futebol de Cajazeiras.

Contato: [email protected]

Reudesman Lopes Ferreira

Reudesman Lopes Ferreira

Professor de Educação Física, Membro Efetivo Fundador da Academia de Artes e Letras de Cajazeiras, Escritor, Fundador do Museu do Futebol de Cajazeiras.

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