Barraqueiros foram excluídos do carnaval
Os desdobramentos da privatização do carnaval de Cajazeiras começam a acontecer de forma mais clara para a população, já que no modelo do carnaval de 2013 ainda houve certa ingerência do poder público municipal, que amenizou os efeitos para quem tinha alguma atividade ligada à maior festa popular da cidade. Para o carnaval desde ano, além dos blocos carnavalescos que não tiveram nenhum incentivo, quem está sentindo diretamente os efeitos da privatização são os barraqueiros, muitos dos quais participavam do evento há mais de vinte anos.
Ainda esperançosos de que pudessem trabalhar no corredor da folia, os barraqueiros que procuraram o radialista Fabiano Gomes – (responsável pelo evento), no último sábado, quando ele esteve em Cajazeiras, saíram revoltados com a forma como foram recebidos por ele. Os barraqueiros estavam no hotel, conforme haviam acertado, para conversar com Fabiano, que saiu sem recebê-los alegando que havia marcado apenas com o presidente e o vice da Associação dos barraqueiros e não com a representação maior que lá estava. Posteriormente, o diretor da Cajatur intermediou e mandou que os barraqueiros fossem até um restaurante da cidade e lá, de forma deselegante, segundo os barraqueiros, Fabiano descartou qualquer possibilidade deles atuarem no corredor da folia, inclusive afirmando em alto e bom som que quem mandava no evento era ele e não tinha prefeita e nem vice-prefeito que pudesse dar uma ordem diferente.
Essa referência aos gestores municipais foi feita quando os barraqueiros disseram que a prefeita Francisca Denise e o vice-prefeito Júnior Araújo haviam assegurado que eles iriam ter espaço no corredor da folia. Mesmo os barraqueiros aceitando vender para os organizadores do carnaval, recebendo apenas 10% do valor da bebida comercializada, Fabiano Gomes descartou qualquer possibilidade deles participarem, alegando que estava trazendo gente capacitada para trabalhar num evento de grande porte.
Ainda existe uma possibilidade de se definir uma área fora do corredor da folia, para acomodar os barraqueiros, que durante anos ajudaram o carnaval cajazeirense a ser o maior do estado, mas agora vão ficar de longe vendo as bandas passarem.
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