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Radomécio Leite

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Assalto à mão armada

03/08/2009 às 18h17

Por José Antonio

A segurança pública é questão prioritária para qualquer governo. Em Cajazeiras, nesta sempre e pacata cidade, vem aumentando o número dos crimes contra o patrimônio e as pessoas. A violência nas ruas, algumas delas praticadas por jovens, é um fenômeno crescente, nem sempre incluída nas precárias e quase inexistente estatística policial.

As hordas de meliantes crescem assustadoramente. Nos últimos 60 dias aconteceram cerca de 11 assaltos à mão armada. Um grupo, composto por seis elementos, após realizar mais de oito assaltos, foi preso e está à disposição das autoridades policiais e judiciárias. Mais recentemente, um outro grupo vem atormentando a comunidade cajazeirense: em plena luz do dia já praticaram mais cinco assaltos de armas em punho.

Os elementos que estão atrás das grades são também envolvidos com tráfico de drogas, o que é mais grave ainda, diante do histórico de que a nossa cidade está tomada por usuários de drogas. O tráfico de droga já se tornou “coisa banal” na periferia da cidade, a ponto de duas mulheres abordarem policiais disfarçados para oferecer droga. Felizmente foram presas, autuadas em flagrante, por venderem pedras de craque.

Maconha entre os usuários é coisa do passado. O forte entre a maioria dos deles tem sido o craque e a cocaína domina a classe mais abastada financeiramente.

A violência urbana não é mais um mal dos grandes centros. As ações dos marginais vem atingindo as pequenas cidades do interior. Alguns dados sobre eles, baseados em estatísticas, nos indicam algumas causas: adolescentes desregrados e ilimitados pelos pais, crise familiar, reprovação escolar, desemprego e outras mais.

Teríamos soluções para reduzir a violência e o tráfico de drogas? Estas duas grandes chagas da sociedade moderna só poderiam ter um combate efetivo a partir da família, somada as ações efetivas da educação escolar. Existem autoridades que acreditam na solução do combate da violência por meio de reforço policial e mais equipamentos de segurança. Mas nada igual à escola como a solução mais eficaz de prevenção.

Um outro fato que me tem chamado à atenção é que os assaltos e roubos têm chegado mais amiúde à zona rural do nosso município, com um detalhe que pede a atenção das autoridades: o aumento desenfreado de jovens usuários de drogas, prevalecendo a maconha. Com o aumento dos estudantes que freqüentam escolas da zona urbana e sem a experiência e a orientação da família e da própria escola o número cada vez maior deles, tem sido fisgados pelos traficantes. Um fato extremamente preocupante.

Outro dia ouvia de um pai de família, residente na zona rural, da sua imensa preocupação em permitir que seus filhos viessem estudar em Cajazeiras, porque havia tomado conhecimento de filhos de vizinhos seus estavam se envolvendo com drogas. E do alto de sua sabedoria colocava culpa nos meios de comunicação, principalmente a televisão, da “libertinagem” dos jovens de hoje. No meu tempo, dizia, nada disso acontecia e vivíamos felizes e tínhamos amplas condições de “dominar” os nossos filhos. Senti e entendi o que ele quis externar com a palavra “dominar”. Talvez quisesse dizer: a minha palavra e orientação não tem a força e nem o poder da televisão.

Vejo ainda, sob a ótica de um simples cidadão, que a aceitação social da ruptura constante das normas jurídicas e o desrespeito à noção de cidadania, acrescida da impunidade e a brandura das leis têm contribuído para que a violência cresça.

A sociedade está ficando prisioneira, enquanto ficamos de braços cruzados a incompetência e a passividade dos agentes públicos, assistem placidamente o domínio do mal sobre o bem.
Enquanto isto, na nossa comunidade, poderemos a qualquer momento estarmos sob a mira de um revolver, sem a mínima condição de reagir

Radomécio Leite

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Contato: [email protected]

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