As 600 mil mortes de Bolsonaro
Por professor Heberth Melo
Bolsonaro, do Brasil, diz que está ‘aborrecido’ com perguntas sobre mortes do COVID.
O comentário do presidente direitista veio poucos dias depois que o Brasil ultrapassou 600.000 mortes por coronavírus, gerando raiva pública.
O presidente de extrema direita do Brasil, Jair Bolsonaro, disse que não queria ficar “aborrecido” com perguntas sobre o número de mortes por coronavírus no país, poucos dias depois que o Brasil se tornou o segundo país no mundo a ultrapassar 600.000 mortes.
O atual chefe do executivo nacional, um cético do COVID-19 que minimizou a gravidade do vírus – foi cercado por apoiadores na praia do Guarujá, no estado de São Paulo, na segunda-feira, quando um jornalista perguntou a ele sobre o número de mortos ele respondeu: “Em que país as pessoas não morreram? Diga-me!” ele respondeu. “Olha, eu não vim aqui para ficar aborrecido.”
O Brasil ultrapassou 600.000 mortes por coronavírus na sexta-feira,08/10, anunciou o Ministério da Saúde do país, gerando mais ira pública contra a forma como Bolsonaro lidou com a pandemia.
Durante meses, o presidente recusou os apelos para impor restrições, como bloqueios para conter a propagação do vírus, uso de máscaras e passaporte de vacinação, enquanto as autoridades de saúde pública criticaram seu governo por não conseguir garantir rapidamente as vacinas COVID-19.
Milhares de pessoas foram às ruas exigindo o impeachment de Bolsonaro, por causa da má gestão da pandemia por parte do executivo nacional e seus ministros, bem como por acusações de corrupção, mas ele permaneceu desafiador e continua a rejeitar medidas de saúde pública. Isso ocorre porque Bolsonaro aparelhou o legislativo nacional e os órgãos de investigação, como Polícia Federal e a Procuradoria Geral da República.
No domingo, o Presidente da República afirmou que os protocolos do COVID-19 em partidas de futebol o impediram de assistir a uma partida do campeonato brasileiro de futebol na cidade de Santos, indo mais uma vez contra normas dos estados que requerem comprovante de vacinação. “Por que um passaporte de vacina? Eu queria assistir o Santos agora e falaram que eu precisava me vacinar. Por que deveria ser? ” Bolsonaro disse aos jornalistas. Mesmo sendo Presidente da República não conseguiu assistir o jogo.
As autoridades permitiram que os clubes ocupassem 30 por cento das vagas disponíveis nos jogos do campeonato brasileiro em alguns estados, mas o protocolo acordado pela confederação brasileira de futebol diz que todas as pessoas dentro dos estádios devem estar vacinadas e testadas recentemente.
Enquanto isso, a CPI do Senado brasileiro que em abril lançou uma investigação sobre as políticas de pandemia de Bolsonaro deve divulgar um relatório final nas próximas semanas, isso certamente aumentará a pressão sobre o presidente antes das eleições que estão marcadas para o ano de 2022.
Embora o ex-presidente de esquerda do Brasil Luiz Inácio Lula da Silva não tenha anunciado formalmente que concorrerá, as pesquisas mostram que Lula derrotaria Bolsonaro facilmente.
O que se percebeu até agora a respeito do presidente em relação à gestão da pandemia foi que o mesmo desestimulou os padrões sanitários, desafiou o uso de máscaras, condenou o distanciamento social, foi contra a vacinação em massa, é por isso que o Brasil possui esse número exacerbado de mortes.
Antônio Costa presidente do grupo Rio da Paz disse: “São milhares de famílias enlutadas”, referindo-se aos lenços que pontilham a praia, fazendo alusão aos 600 lenços brancos pendurados na praia de Copacabana. “Um dia saberemos quantos deles morreram, perderam a vida, porque ouviram o discurso de negação de alguns dos nossos principais poderes públicos.”
Assim, o que se pode aferir até agora é que a maior parte das mortes que ocorreram durante a pandemia é de responsabilidade de Bolsonaro e de sua gestão pífia e corrupta, onde ele negou a ciência, corrompeu-se na compra de vacinas e foi supostamente foi conivente com experimentos em seres humanos, que levaram muitos dos indivíduos do experimento a morte. Por isso e por muito mais, Bolsonaro sairá da presidência ao final de 2022 e será preso por seus inúmeros crimes contra a vida humana e o povo brasileiro.
Quem viver, verá…
Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Sistema Diário de Comunicação.
Leia mais notícias no www.diariodosertao.com.br/colunistas, siga nas redes sociais: Facebook, Twitter, Instagram e veja nossos vídeos no Play Diário. Envie informações à Redação pelo WhatsApp (83) 99157-2802.
Deixe seu comentário