Amores roubados
Inquieta-me a história de amores roubados. Não, não estou falando sobre a minissérie da Globo, cujo personagem central, interpretado por Cauã Reymond, seduzia de Patrícia Pilar a Isis Valverde, mãe e filha na trama.
Se bem que este negócio de ser seduzido não depende exclusivamente do sedutor, alguém tem que se deixar conquistar, constatação pela qual afirmo: ninguém tira ninguém de ninguém. Apesar dos excessos de ninguém, pessoa que geralmente não existe, a regra é clara: cada um de nós tem o poder de decidir em qual freguesia quer ficar, qual plano quer investir, qual caminho quer seguir.
Esta historinha que fulano hipnotizou sicrano, francamente, não decola mais nem em contos de fadas. Agora se nem todas as pessoas estão dispostas a assumir seus desejos, quer pelo fato de ser mais cômodo responsabilizar o outro, quer pela circunstância de prosseguir sem olhar para trás. Agora se alguns ainda alimentam o cão faminto do sentimentalismo, tentando provar que foram roubados, capazes de criar um cenário de novena mexicana, onde mocinhos duelam pela donzela; e também para não macular a imagem da pessoa amada e os momentos felizes que viveram juntos, temos, pois, outra questão.
O ser humano, à sua maneira, escolhe o que deseja ou não acreditar. Amor próprio, um artigo de luxo nos últimos tempos. Para quem anula a si mesmo devido a um grande amor, na procura de causas e culpados, eis o furtador da própria história. O caminho é ter caminho, dar um tempo, respirar, prosseguir.
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