Amor e Sexo
Amor e Sexo – Adenauer Novaes
Numa sociedade extremamente erotizada, onde os desejos materiais estão acima dos verdadeiros sentimentos, achei este texto “Amor e Sexo”, muito interessante. Confira!
Amor e Sexo são uma única realidade? Estão ambos ligados de forma vital? Pode um acontecer sem o outro? Certamente que o amor transcende a sexualidade,sendo esta uma forma de troca de energias, enquanto aquele, a energia do espírito em sua essência.
É comum separar o sexo da atividade religiosa como se ele não tivesse origem divina e fosse incompatível com a dedicação de Deus. A repressão à sexualidade, como se ela fosse atraso de evolução, provoca núcleos traumáticos na personalidade do indivíduo. Ao se distanciar de seu uso, não saberá vivenciar, mais tarde, o amor pleno.
A sexualidade é função revigoradora na vida do ser humano. Quando o amor está presente, torna-se vínculo de crescimento espiritual. Sua utilização responsável renova as energias do indivíduo.
Embora o sexo seja um ato comum na vida do ser humano, sua realização sem amor aprisiona-o nas teias do prazer vicioso. Ser livre em relação ao sexo é praticá-lo com responsabilidade. Quando não há amor no uso do sexo, é comum a ocorrência de doenças ou desequilíbrios nessa área. O amor é remédio que nos previne contra a ação de agentes nocivos à saúde e ao bem estar.
Sexo é energia a serviço do crescimento do espírito. Sua união com o amor proporciona realizações superiores na vida. Perceber a gradação da energia sexual é tarefa a ser aprendida. As ligações do passado, baseadas apenas no sexo inconseqüente levam os indivíduos a se unirem pelo mesmo princípio, gerando obsessões de difícil erradicação pela sua força energética.
Amar é também se tornar responsável pelas conseqüências do uso da energia sexual. Assumir uma postura madura diante do sexo é cuidado fundamental daquele que ama.
Sexo é energia transformadora. Sempre que a desperdiçamos estacionamos no processo de crescimento. Sua utilização requer sempre reconhecimento dos limites de cada um. Sempre que desejamos o mesmo nível de satisfação sexual com o parceiro, após anos de convivência, nos esquecemos de que, embora o amor permaneça, o sexo sofre variações de acordo com o organismo e com o psiquismo do indivíduo.
Diante de tantos apelos eróticos, não se deixe vencer pela propaganda enganosa do prazer fácil. Não transforme o seu amor em produto de consumo barato.
O amor verdadeiro pressupõe o respeito pelo corpo do outro e do seu próprio. Sua união com alguém não deve se transformar num campo de experiências sexuais como se a vida a isso se resumisse.
O Amor presente na união sexual dignifica-a. Quando ele, dela está ausente, transforma-a em satisfação de instintos primários. O amor que depende exclusivamente do sexo se acaba por falta de afeto e respeito.
Muitas criaturas na Terra se encontram doentes da alma pela excessiva vinculação e valorização do prazer sexual. Só o amor pode libertar o ser humano de seus instintos primitivos. Fazer sexo não é o mesmo que “fazer amor”. Amor não se faz, se sente. Quem ama pode praticar ou não a relação sexual, porém, quem o faz, nem sempre ama. Compreende-se a tentativa de adicionar amor ao sexo, cognominando o ato instintivo de fazer amor, porém, eles nem sempre caminham juntos.
Nada há de impuro ou “pecado” no ato de se relacionar sexualmente com alguém. O problema é a viciação e dependência em relação à necessidade de se trocar energias sem amor. Não transforme seus momentos ao lado de alguém na busca pelo sexo. Antes, faça dele um componente natural do amor verdadeiro. Seu uso requer sempre equilíbrio físico e mental, além de maturidade.
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