Alberto Dias: o feitiço contra o feiticeiro
Demorei a crer que um jovem estudante de Direito que por circunstâncias até hoje muito mal explicadas ascendeu à condição de Prefeito de Cajazeiras, utilizasse métodos políticos execráveis, e que imaginava tivessem sido sepultados em 1930.
Infelizmente, a realidade destes dias me fez ver que a atual administração municipal da “cidade que ensinou a Paraíba a ler”, apesar da jovialidade de seus componentes, porta-se como a mais caduca das gestões públicas.
Notadamente quando o assunto é liberdade de imprensa.
Concursado, o servidor público municipal Alberto Dias é também radialista e, embora prestasse diariamente seus serviços na Biblioteca Castro Pinto, foi transferido para a coleta do lixo, por perseguição política.
Seu pecado? Exercer o sagrado direito à crítica no ofício que exerce na imprensa local.
Castigo? Andar com o motorista do caminhão do lixo, fiscalizando as ruas por onde devem ser coletados os resíduos sólidos.
Resultado? Por onde o tal caminhão passava, as pessoas viam Alberto e sentenciavam: “não se preocupe Alberto, na eleição daremos a resposta!”
Atitude? O motorista, ao ver a situação apressou-se a dizer ao prefeito que o povo estava se revoltando cada dias mais com aquilo, e que tal fato só fazia aumentar a comoção em favor do perseguido e, claro, contra a administração.
Saída? Tiraram Alberto Dias do tal caminhão para que sua humilhação não seja mais pública.
Castigo(II)? Colocaram-no no lixão de Cajazeiras, anotando a entrada e saída dos caminhões. Entendem que ali sua humilhação se perpetua sem conhecimento público.
Ledo engano: o povo continua sabendo de tudo!
Inclusive que uma administração com cara de nova, utiliza-se das velhas e surradas práticas.
Uma pena!
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