Abandonados?
Por Reudesman Lopes
Outro dia escutei uma entrevista de um esforçado desportista que realiza um trabalho no atletismo cajazeirense e mais especificamente em competições de corridas de ruas, e nesta, de forma dramática, ele enfatizava em apelo que, a formação de atletas depende de várias condições, mas, necessariamente, ela passa por um local que pelos menos tenha a mínima estrutura para que meninos e meninas possam iniciar a prática desta modalidade, e se referia, claro, a um pista de atletismo, que continua como um sonho, desde os idos anos 80 quando esta cidade realizava os Jogos Escolares do Sertão, aliás, digo categoricamente, sem medo de errar que esse desejo nunca foi política dos nossos governantes, e essa pista não existe nos dias atuais. Pois bem, se o apelo do nobre desportista dirigente dos atletas de corridas de ruas da terra do padre Rolim é esse, a construção de uma pista de atletismo, o nosso vai em outra direção. E qual o nosso apelo? É para que não possamos ver o que estamos presenciando em pedidos e também observando o desprezo a que chegamos em áreas nobres dos esportes. Recebi uma comissão de desportistas que nos pedia que através deste espaço do Gazeta do Alto Piranhas, levantássemos a luta pela recuperação da Quadra Irmã Nirvanda que, palavras deles, foi abandonada pela administração cajazeirense. Confesso que ainda não vi como anda aquela área de prática esportiva, mas, neste espaço e a pedido, traduzo o sentimento de muitos daqueles que cobram decisivamente uma ação da administração com relação ao Irmã Nirvanda. Na terça feira, 5, dei uma entrada no Estádio Higino Pires Ferreira, coisa que não fazia a um bom tempo, e me deparei com um quadro de abandono ao ver o estado em que se encontra aquela praça de esportes que foi berço de grande parte da história do futebol desta terra e que propiciou a tantos cajazeirenses e cajazeirados momentos que jamais se apagarão das suas mentes, tantas foram as glórias ali conquistadas individualmente e coletivamente no âmbito futebolístico. Partes dos muros caídos, o mato tomando conta de espaços antes destinados às peladas de final de tarde e, mais grave, uma parte do muro que tem uma sustentação de madeira que antigamente era aquele portão de saída, este local está interditado e a qualquer momento pode desabar, lembro, é local de calçada por onde diariamente passa centenas de crianças, jovens, adolescentes, adultos e idosos. Então, aproveitando este momento, alerto as nossas autoridades sobre estes abandonos de espaços que deveriam receber tratamento bem especial.
Sofrimento
Sofrimento, sacrifício e o que você achar mais de palavras para que possamos chegar até a entrada principal do Estádio o Perpetão em Cajazeiras. Na seca é poeira e muitos buracos e na chuva o torcedor encontra um mar de lama para ir a bilheteria, comprar o seu ingresso e ir torcer pelo seu clube. Já falei tanto sobre esse acesso ao Colosso das Capoeiras, mas, as nossas autoridades, infelizmente, não se sentem atingidas no sentido de pelo menos tentar minimizar o tamanho do sacrifício que é chegar a nossa principal praça de esportes.
Fora de forma
O senhor Antonio Carlos que atuou como árbitro no jogo Atlético 1 Auto Esporte 0, mostrou que anda muito, mais muito mesmo, fora de forma para trabalhar em um estádio das dimensões do Perpetão. Com uma barriguinha bem acentuada para quem tem a obrigação de correr o campo em busca de ver o jogo e aplicar as leis do futebol, sua senhoria não teve outra alternativa na partida a não ser parar o jogo demasiadamente apitando a qualquer contato entre os atletas, neste momento, dava uma respirada e voltava a um leve trote até se cansar e repetir uma nova paralisação em falta.
BOLA DENTRO
Para as cobranças da nossa comunidade que começamos a observar com relação a falta de espaços destinados a prática dos esportes em nossa amada terra. Povo consciente merece a NOTA 10!
BOLA FORA
Para a desorganização tática do Atlético Cajazeirense de Desportos. Vencemos o Auto Esporte, mas, foi mais pela raça de nossos atletas que pela organização do nosso time em campo. Isso merece uma NOTA 0!
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