A sucessão nos bastidores
Por José Anchieta
A eleição municipal é em outubro de 2016, mas o clima já é de campanha nas cidades, com partidos e pré-candidatos se movimentando em busca das melhores condições de disputa, o que normalmente acontece em anos pré-eleitorais. A mudança no prazo de filiação partidária serviu para adiar algumas decisões importantes, mas a movimentação continua muito forte no âmbito das legendas.
Em Cajazeiras, a exemplo do que ocorre em outras cidades, toda a movimentação política gira em torno da sucessão do próximo ano. A cada passo dado pelas lideranças, geram-se novas especulações e avaliações sobre o quadro futuro, que promete ser um dos mais efervescentes dos últimos tempos.
A expectativa maior gira em torno da decisão a ser anunciada pelo deputado José Aldemir, que rompeu com o esquema governista, e vem tendo seu nome constantemente lembrado pelos oposicionistas para disputar a Prefeitura. Ele não assumiu ainda a condição de pré-candidato, mas se movimenta muito nos bastidores, dando sinais claros de que pode assumir a postulação. Aliás, essa ideia ganha força a cada dia nas hostes oposicionistas.
No campo da oposição, ainda há outra pré-candidatura posta para o debate, que é a do sapateiro Antonio Gobira. Filiado ao PSOL e fenômeno eleitoral do pleito passado, ele vem trabalhando já há bastante tempo para viabilizar também sua postulação em 2016. Seu grande desafio, segundo alguns analistas, é quebrar a polarização que, normalmente, se registra nas eleições municipais.
O esquema governista vai tentar a reeleição da prefeita Denise Albuquerque, sem contar mais com o antigo aliado José Aldemir. Nesse sentido, trabalha para pelo menos minimizar a perda, buscando outros apoios políticos, notadamente de suplentes de vereadores e lideranças comunitárias.
Na verdade, esse é o cenário que se apresenta em Cajazeiras, no momento, com perspectiva de muita disputa daqui pra frente. E tudo isso ocorre em meio ao momento de crise política e econômica do país, além da crise hídrica, que tem deixado muita gente sem água. A sucessão municipal exerce, portanto, muita força junto à população, e já está fervendo nos bastidores.
A falta d’água
A cada dia aumenta a crise hídrica em Cajazeiras e nos demais municípios da região, e não se vê nenhuma ação concreta para pelos menos minimizar um possível colapso no abastecimento. Enquanto a situação se agrava, as previsões sobre o próximo inverno não são animadoras, o que tem causado muita inquietação na região. A população cobra os programas de construção de barragens subterrâneas e de perfuração de poços, prometidos recentemente. Aliás, nestes tempos de muita crise hídrica, o que não falta é debate sem solução nenhuma. Até quando vamos suportar essa triste realidade?
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