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José Antonio

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A “revolução” do “what´s up?”

04/06/2018 às 09h58

Foto: Arquivo

A junção do termo “what´s up?” significa algo como “o que está acontecendo?” ou “o que está rolando?”

Hoje são mais de 100 milhões de brasileiros, que via celular, estão se comunicando através desta ferramenta, que possibilita o acesso imediato aos acontecimentos, tornando o processo mais rápido e completo.

Não só aos jovens, que é a maioria, mas se tornou imprescindível também aos jornais, rádios, noticiários de televisão, sites informativos e todas as vertentes do jornalismo utilizam a ferramenta para ampliar a atuação do veículo, transformando os leitores, ouvintes ou telespectadores em produtores de conteúdo, com um detalhe, sem custo nenhum.

Nos dias atuais o que se vê nos telejornais, nos estúdios das emissoras e nos sites é a presença, nas mãos dos repórteres de um smartfhone. Um objeto indispensável que tem proporcionado uma rapidez nunca antes imaginada nos/aos meios de comunicação.

Penso e acredito piamente que se não fora o Watsap não teria acontecido com tanta eficiência, rapidez e volume a greve dos caminhoneiros do Brasil. Do Acre ao Rio Grande do Sul, da Paraíba para Belém do Pará não eram enviados apenas textos, mas mensagens de áudios e vídeos. Tudo em tempo real. O que acontecia em Brasília, em segundos todos os caminhoneiros do restante do país ficavam informados.

As conseqüências e prejuízos só com o tempo é que se pode fazer uma avaliação mais precisa, até porque a mobilização, a partir de um determinado momento saiu das mãos dos caminhoneiros e passaram a existir sinais da presença de ativistas de causas distintas ao movimento, ao ultrapassar os limites do bom senso, o que vem forçando um alto custo para o país e para todos os brasileiros.

Cajazeiras, mesmo distante do centro de ebulição sentiu e vai continuar a sentir os efeitos da greve. Já no quarto dia começou a faltar gás de cozinha nos três distribuidores que a cidade tem e possivelmente só passe a ter neste dia 01 de junho, décimo segundo dia de greve. Os donos de restaurantes recorreram a vizinha cidade de Ipaumirim, no Ceará, que tinha em estoque uma determinada quantidade de botijões, mas que logo chegou ao fim.

Outros produtos que sumiram das prateleiras foram as frutas e hortaliças que são importadas de Petrolina e Campina Grande. Os principais estabelecimentos fecharam as suas portas e os pequenos barraqueiros ficaram comerciando os produtos originados da região, principalmente os produzidos às margens do Rio Piranhas e da Várzea da Ema.

Vi vários amigos que têm na família, os transportadores da riqueza do Brasil, a cada instante tinham noticias de onde estavam e como seguia o movimento paredista, via wattsapp, fato que os tranqüilizava e deixava em espírito de paz.

Esta greve serviu para desnudar a política de preços praticada pela Petrobras, o quanto nós brasileiros pagamos de impostos sobre o combustível que usamos e ainda ficou claro que não podemos, no Brasil, depender única e exclusivamente do transporte rodoviário, quando poderíamos retomar o projeto ferroviário neste país continental.

Ficou a lição. Esperamos que os governantes tenham aprendido um pouco com esta greve e que não possa se repetir no futuro todos os grandes erros cometidos no processo de fazê-la cessar. Os heróis das estradas precisam ser com vistos com o olhar de um futuro grandioso, como tão grandioso o é a nossa Pátria.


Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Sistema Diário de Comunicação.

José Antonio

José Antonio

Professor Universitário, Diretor Presidente do Sistema Alto Piranhas de Comunicação e Presidente da Associação Comercial de Cajazeiras.

Contato: [email protected]

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Professor Universitário, Diretor Presidente do Sistema Alto Piranhas de Comunicação e Presidente da Associação Comercial de Cajazeiras.

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