A liberdade do voto
Para iniciar mais um artigo, começo fazendo uma indagação, existe mesmo a liberdade do voto? Se depender da lei, sim, mas se de depender dos políticos de forma em geral, a liberdade do voto não existe. O próprio estado de direito no Brasil, diz que todos brasileiros e brasileiras com Idade entre 16 e 70 anos tem o direito de votar, escolher quem quiser, fazer parte do processo democrático, analisar com responsabilidade e exerce o seu direito. Isso é verdade, mas a própria lei dar o direito e não tem como fiscalizar o concorrente fazer campanha, pode andar de casa em casa, pedir o voto e mostrar seu projeto de execução durante a sua futura administração. Até então, tudo bem, mas acontece com a maioria daqueles que estão no poder, esquecem a lei, quando vão à casa de funcionários municipais e até os ameaçam de transferir ou demitir, caso não vote em seu projeto político, isso a lei proíbe, mas em virtude do grande acúmulo de trabalho da justiça eleitoral durante a campanha não tem como fiscalizar diretamente, fica aguando denúncia, e por falta de queixas a justiça não faz nada, segundo se comenta, são fatos concretos que acontecem durante as campanhas.
Compreendo que devia ter uma lei onde o concorrente deveria ter que registrar no cartório o seu projeto administrativo e fosse obrigado a cumprir durante o período da sua gestão. Segundo se comenta, “eu não vi e nem tá lá,” alguns candidatos praticam por baixo dos panos e com o consentimento de alguns eleitores, a desonestidade e corrupção da chamada “da lá e me dá cá”, se isso verdadeiramente existe, onde está a liberdade do voto? Para o político dar algo em troco do voto é preciso o eleitor aceitar a oferta, se o eleitor aceita algo em troca pelo seu voto, está cometendo um crime e se tornando corrupto igualmente ao político desnorteado, que depois que assume o poder vai bagunçar durante a sua gestão.
Segundo a lei, toda população brasileira com idade entre 16 a 18 e acima de 70 anos, tem a opção de votar ou não, ou seja, nesse período de vida a população brasileira só comparece às seções eleitorais se quiser. Em contrapartida, todos com a idade entre 18 a 70 anos são obrigados a votar. Onde está à liberdade do voto, quando a lei obriga o cidadão a votar. Será que isso é mesmo uma democracia?
Devo lembrar que o voto é secreto, você tem o direito de escolher livremente, e somente você e Deus saberá em quem você votou, por tanto, vote no candidato que você achar melhor e que vai lhe representar na gestão executiva e legislativa.
Em plena pandemia as eleições estão marcadas para o dia 15 de novembro, e dia 29 de novembro nas cidades brasileiras que vão realizar o segundo turno. Ainda circulou a intenção de mudar o pleito eleitoral para 2022, quando seriam realizadas as eleições gerais de vereador até presidente da república, mas como em uma eleição rende muito dinheiro no Brasil, a começar pela justiça eleitoral que aumento o trabalho, têm seus vencimentos aumentados e os políticos que recebem o absurdo do fundo eleitoral, todos esqueceram totalmente a covid-19, após várias debates conseguiu a realização das eleições para estes ano. A Justiça Eleitoral tomará sem dúvidas todas as providências para evitar contaminações em seus funcionários efetivos e temporários e terá muita vigilância para evitar aglomerações nas filas e outros meios de proteção ao eleitor. Perguntar não ofende quando a pergunta não atinja a dignidade pessoal do indagado. Será que todos os interessados na realização das eleições estão mesmo preocupados com o povo ou tem interesses próprios? Essa pergunta é direcionada a quem de direito e responda se quiser.
A maioria dos políticos faz de tudo para conseguir o voto, quem está no poder persegue até o funcionário público se não votar nele, compra a consciência de eleitores com benefícios paliativos e temporários, alega os benefícios que já fez como se isso não fosse a sua obrigação e para encerrar a conversa, muitos políticos praticam todos os tipos de atrocidades para ganhar as eleições. São comentários de rua, mas a justiça devia investigar de forma mais rigorosa. Quando a justiça descobre algum tipo de corrupção, age de forma correta e pune o corrupto, mas para tal, o judiciário eleitoral brasileiro precisa receber a denúncia, acontece que nenhum concorrente denuncia o outro e fica a verdadeira desorganização. Em resumo quem for forçado a votar em determinado concorrente, terá o direito de denunciar, por que a lei lhe dar o direito de exercer o seu papel de cidadão de forma livre e independente.
Alguém me disse outro dia: na minha cidade todos os correntes a prefeito não prestam, já administrou e não fez nada e os novatos estão recebendo apoios de veteranos incompetentes que não podem concorrer porque tiveram as contas rejeitadas. O que eu faço agora? Na forma do direito só tem uma opção, escolher o melhor, e ponto final.
Por tanto, é pouca sorte do eleitor se em sua cidade não tiver pelos menos um concorrente que tenha boa intenção administrativa. Se isso realmente está acontecendo, aconselho a população se reunir antecipadamente, formar um diretório independente e escolher entre eles uma pessoa com dignidade, capacidade e respeito, e de forma democrática indicá-lo para concorrer na próxima eleição. Talvez seja essa a melhor forma de melhorar a sua cidade. O associativismo da população de forma organizada e bem planejada pode fazer uma grande diferença na sua cidade. Pense nisso, boa sorte e ponto final.
Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Sistema Diário de Comunicação.
Leia mais notícias no www.diariodosertao.com.br/colunistas, siga nas redes sociais: Facebook, Twitter, Instagram e veja nossos vídeos no Play Diário. Envie informações à Redação pelo WhatsApp (83) 99157-2802.
Deixe seu comentário