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Maria do Carmo

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A evolução do pensar em tempo de crise

11/12/2020 às 09h52

Coluna de Maria do Carmo

As limitações causadas pela pandemia podem despertar nas pessoas grandes significações. De um lado prevalece a busca  na proteção divina em defesa da vida. Por outro lado, o equilíbrio emocional, a ressignificação na maneira de pensar e agir na superação das dificuldades para encarar a vida sobre uma nova ótica na pós- pandemia. É a era da conciliação da ciência e a fé racionada.

O homem é um ser inteligente, é importante neste período difícil de pandemia sair da zona de conforto no tocante a olhar íntimo. A máxima do grande filósofo Sócrates: ”Conhece-te a ti mesmo”, o conhecimento de si é essencial para conhecer o mundo ao redor. O entendimento deste pensamento facilita na compreensão das habilidades da inteligência Intrapessoal, capacidade do indivíduo de identificar as suas próprias emoções e sentimentos as quais direcionam melhor as sua ações. A consciência da autocrítica na compreensão de pontos fracos e fortes, erros e acertos, isto constitui o cultivo da humildade. ”A humildade limita o nosso conhecimento e nos torna eternos aprendizes”.

Ainda mais! Valorizar a autonomia e buscar a identificação de valores encontrando assim o equilíbrio na personalidade. O que é  importante para você? Liberdade, honestidade, justiça?Respostas que devem ser  alinhadas com o propósito de vida coerente com a missão do exercício de uma prática de valorização e dignidade de si; assim como  do outro.É importante o filtro  do pensamento na liberação do que a consciência considere correto e aceito pela sociedade. É essencial entender seu potencial e perceber no que tem de si próprio para compreender as diferenças do outro.

O tempo da pandemia pode ser o divisor de água para “o despertar” de que há algo mais além das oportunidades externas do prazer. A necessidade de repaginar a vida em todos os aspectos,  seja na compreensão dos conflitos buscando resoluções dos mesmos ou convivê-los de forma harmoniosa no meio em que vive. Além disso, refletir sobre atitudes  prejudiciais na vida, na família, com os amigos, no trabalho e na sociedade consistindo assim na grande valorização da vida.

Viver a espiritualidade é também um grande ato resultante da  inteligência existencial ou inteligência espiritual,  entendida como a habilidade de refletir sobre a existência humana, sendo esta habilidade primordial no ser humano. A pessoa com habilidade de inteligência existencial faz parada para pensar sobre o verdadeiro papel “do  existir  aqui na terra”.

É também uma forma inteligente de estabelecer contato íntimo com o “divino” no qual há a sintonia com o mesmo  na realização da oração contemplativa, reflexões e propósitos de mudanças no comportamento,  ao mesmo tempo encontrar uma  saída para as dificuldades enfrentadas no mundo através do  fortalecimento da espiritualidade.

Além do mais, as habilidades da inteligência existencial afinam as capacidades associadas à espiritualidade na mente humana  as quais consideram as diferenças individuais como elementos centrais na constituição e na dinâmica da sociedade somada à capacidade de comportar-se de modo virtuoso com atitudes de gratidão, humildade, perdão e compaixão: na família, na profissão, no trabalho, e demais situações adversas da vida.

Na pós-pandemia grandes aprendizados podem ser extraídos deste tempo difícil de crise. Reconectar-se mentalmente agregando as linhas  da psicologia à espiritualidade buscando a transformação do EU.  

Professora Maria do Carmo de Santana

Cajazeiras, 10 de Dezembro de 2020


Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Sistema Diário de Comunicação.

Maria do Carmo

Maria do Carmo

Professora da Rede Estadual de Ensino em Cajazeiras. Licenciatura em Letras pela UFCG CAMPUS Cajazeiras e pós-graduação em psicopedagogia pela FIP.

Contato: [email protected]

Maria do Carmo

Maria do Carmo

Professora da Rede Estadual de Ensino em Cajazeiras. Licenciatura em Letras pela UFCG CAMPUS Cajazeiras e pós-graduação em psicopedagogia pela FIP.

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