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Elan Nascimento

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A Black Friday e o consumidor brasileiro

24/11/2023 às 16h40

Estamos na semana da Black Friday, uma época muito esperada por pessoas que desejam antecipar as compras de final de ano gastando menos, e uma pesquisa da McKinsey realizada com 500 consumidores e oito grandes varejistas do Brasil revelou como o brasileiro enxerga e se relaciona com esse evento.

É importante frisar que no ano passado, mesmo “disputando” atenções com a Copa do Mundo e as eleições, a Black Friday movimentou cerca de R$ 3,4 bilhões. Mas, apesar desses bons números o alvoroço às compras que a Black Friday despertava nas pessoas nos primeiros anos de seu lançamento vem diminuindo. Nesse dito 2022, o volume de vendas voltou a patamares de 2019, numa queda de quase 20% em relação ao ano de 2021.

Mas atenção lojista, de acordo com a pesquisa da McKinsey a Black Friday ainda ocupa um lugar importante no imaginário do consumidor. Para metade dos entrevistados, essa é a data promocional mais lembrada do ano, desbancando até mesmo datas como o Natal e o Dia das Mães. Por outro lado, entre os consumidores que não compraram nada na última Black Friday, 53% citaram a falta de promoções atraentes como principal razão para não comprar, dando indícios de que muitos consumidores estão começando a ficar céticos com esse evento.

Dados da pesquisa dão conta que na última Black Friday 69% das pessoas mesclaram suas compras em lojas físicas e na internet, ou seja, há espaço para todos. Roupas e acessórios, celulares e computadores foram as categorias mais adquiridas na última edição da Black Friday entre os entrevistados. Uma revelação interessante é a de que as pessoas que desejavam comprar eletrônicos, como TV, celular e computador se planejaram financeiramente para a chegada da Black Friday. Os perfumes e cosméticos, por sua vez, foram os itens mais adquiridos por consumidores que compraram sem se planejar, aqueles que compraram pelo impulso da promoção.

Outra constatação é de que cada vez mais a Black Friday deixou de estar concentrada em um único dia para se estender por toda a terceira semana de novembro ou, ainda, durante todo o mês de novembro. Sete em cada dez consumidores entrevistados afirmaram ter feito suas compras na semana do evento ou ao longo do mês e a maioria dos varejistas mantiveram as ações promocionais da Black Friday de 2022 por mais de duas semanas.

E por falar nos varejistas, os varejistas entrevistados na pesquisa estão otimistas e esperam um crescimento nas receitas para este ano de 2023, só que planejam praticar descontos iguais ou menores que os realizados na última edição.

A reflexão que fica para os consumidores é se planejarem para se usufruírem melhor das promoções, principalmente em compras à vista, e irem uma semana antes do evento à loja ou ao site do produto que pretende adquirir para se certificar se na semana da Black o preço de fato ficou mais atrativo. Para os varejistas a reflexão que fica é a de que eles precisam começar a ressignificar esse evento para ele não cair na mesmice e superar as críticas de muitos consumidores. Sugestões seriam usar a Black Friday para lançar novos produtos e serviços, promover pautas especiais, criar eventos exclusivos, fazer campanhas de fidelização, tudo é válido para ressignificar esse evento que já está marcado no calendário do vendedor e do comprador, até porque o brasileiro sempre vai continuar adorando promoções, contudo, ultimamente ele anda de olhos abertos para ver as promoções, mas de orelha em pé para gastar.

Elan Nascimento

Elan Nascimento

Elan Nascimento é bacharel em Administração pela Universidade Federal de Campina Grande. Cursa Especialização em Mercado Financeiro e de Capitais pela PUC Minas e concluiu MBA em Investimentos e Asset Allocation pelo Grupo Primo. É servidor público e assessor de investimentos credenciado à XP Investimentos.
WhatsApp: (83) 99837-5740

Contato: [email protected]

Elan Nascimento

Elan Nascimento

Elan Nascimento é bacharel em Administração pela Universidade Federal de Campina Grande. Cursa Especialização em Mercado Financeiro e de Capitais pela PUC Minas e concluiu MBA em Investimentos e Asset Allocation pelo Grupo Primo. É servidor público e assessor de investimentos credenciado à XP Investimentos.
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