header top bar

Radomécio Leite

section content

34 senadores ressuscitam a esperança…

17/12/2007 às 19h38

Depois de onze anos de confisco e do crime de estelionatário contra o povo brasileiro, com uma folga de dois votos, os partidos de oposição e os governistas sublevados sepultaram a CPMF no Senado. Foi a mais constrangedora derrota imposta pelo Legislativo a Lula em seus cinco anos como presidente. Para renovar o tributo até 2011, o governo precisava de 49 votos. Só conseguiu 45. À oposição, bastavam 32 votos. votaram 34.

O governo padecia de inanição de votos, Lula ordenara na véspera: “Vamos votar. Para ganhar ou para perder.” Perdeu. “Quero saber quem está com o governo e quem está contra nós”, esbravejou Lula. Foi informado de que, dos 53 senadores filiados a legendas associadas ao seu governo, sete não estiveram do lado dele.

Seis faltaram ao presidente de corpo presente: Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE), Mão Santa (PMDB-PI), Geraldo Mesquita (PMDB-AC), Expedito Junior (PR-RO), Romeu Tuma (PTB-SP) e César Borges (PR-BA). Um, Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR), faltou-lhe se ausentado do plenário. Estava em Roraima, para enterrar o governador Ottomar Pinto, morto na véspera.

E no plenário, o líder do governo, Homero Jucá e o senador Pedro Simon tentaram adiar a votação depois que Lula, na última hora enviou uma carta-compromisso de que todo o dinheiro arrecadado se destinaria à saúde. Os líderes José Agripino Maia (DEM) e Arthur Virgílio (PSDB) bateram o pé. Os lideres das legendas governistas ocuparam os microfones também defendendo o adiamento. Agripino e Virgilio mantiveram-se irredutíveis. E Garibaldi Alves, que presidia a sua primeira sessão como presidente, não teve outra alternativa a não ser iniciar a votação.

A derrota do governo só não foi completa porque, em entendimento costurado no plenário, Jucá (PMDB-RR) firmou com a oposição um acordo para votar separadamente a DRU (Desvinculação das Receitas da União). DEM e PSDB toparam, desde que a CPMF fosse a voto em primeiro lugar.

Derrubado o imposto do cheque, Agripino e Virgílio liberaram suas bancadas para votar como bem entendessem os artigos que diziam respeito a DRU. E o mecanismo, que permite ao governo retirar 20% de todas as verbas que têm destinação obrigatória anotada na Constituição, foi mantido por 63 votos contra 18.

Fico imaginando a pressão que sofreu o Senador Arthur Virgilio e segundo se comenta, para defender a sua posição diante dos companheiros de partido chegou à fronteira da truculência e hoje é considerado como o “herói da resistência”. Finalmente o PSDB saiu de cima do muro e começa a ter uma cara, uma identificação. Havendo acordo: bradou Virgilio: “deixo a liderança” e a unidade do partido foi mantida, depois do “grito”.

E o DEM, através do Senador José Agripino, fechou questão, já que nos estatutos do seu partido existe um principio programático em defesa da redução da carga tributária. Isto começa também a soar como novidade no Brasil: votar segundo o programa do partido.

E os nossos senadores como votaram? Efraim Morais (DEM) e Cícero Lucena (PSDB), mesmo com os pedidos e apelos do governador Cássio da Cunha Lima, que fazia campanha a favor da prorrogação, votaram Não. E o senador José Maranhão (PMDB), votou sim, desconhecendo o apelo do governador.

O Planalto que faz uma propaganda enorme sobre o excedente de arrecadação, todos os meses, que corte os gastos da monstruosa máquina petista instalada no governo, diminua o número de ministérios, que já são 37, que diminua o volume de viagens e diárias que já somam 1,3 bilhão de reais, que procure comer e beber menos no Palácio da Alvorada e reponha o dinheiro da saúde e da assistência aos pobres. A dinheirama que o governo “surrupia” do povo brasileiro dá e sobra quando é usado com honestidade e retidão.

Neste dia 13 de dezembro, dia dedicado, pela igreja católica, a Santa Luzia e do enterro da CPMF que ela possa dar aos nossos senadores olhos cada vez com mais visão, para poderem enxergar qual o melhor caminho para conduzir o povo brasileiro. Depois desta votação fiquei com mais um pouco de esperança no Senado da República.

Abdiel e Socorro Rolim
Agradecemos ao ilustre casal a bela mensagem e a lembrança do Natal. Retribuímos, desejando-lhes muita paz, saúde e alegria e que o ano novo seja repleto de prosperidade e bonança. Eu e Antonieta estendemos ainda votos plenos de paz e benções a toda a sua família.

Radomécio Leite

Radomécio Leite

Contato: [email protected]

Radomécio Leite

Radomécio Leite

Contato: [email protected]

Recomendado pelo Google: