Médica diz que autistas sofrem com soltura de fogos: “É praticamente o barulho de um avião decolando”

A médica Vanessa Rolim participou ao vivo do programa Balanço Diário da TV Diário do Sertão e falou sobre os danos que podem ser gerados a audição por conta do barulho dos fogos de artifício nessa época junina. Vanessa é otorrinolaringologista, especialista responsável por tratar das doenças ligadas ao ouvido, ao nariz e à garganta, além de estruturas relacionadas com eles, como a cabeça e o pescoço.

Fumaça
Vanessa iniciou falando dos riscos provocado pela fumaça:

“A fumaça é algo que atinge toda a população, lógico que quem é mais sensível, quem já tem algum problema respiratório, cardíaco, inclusive quem está com a COVID-19, vai sofrer muito mais podendo até levar consequências desastrosas”, destacou.

Fogos de artifício
A médica também destacou o risco que os fogos de artifícios podem causar para a audição do ser humano:

“Os barulhos podem atingir e lesionar as células do ouvido de toda a população, existem fogos de artifícios que chegam a intensidade sonora de 150 a 175 decibéis, é praticamente o barulho de um avião decolando”, destacou.

Pessoas autistas tem mais sensibilidade auditiva (foto: reprodução/internet)

Autistas
A especialista destacou também que essa questão dos fogos afetam principalmente as pessoas com maior sensibilidade, entre elas, as que tem Transtorno do Espectro Autista (TEA):

“Elas tem uma hipersensibilidade, não só auditiva, mas também a questão de odores, iluminação, estímulos visuais, todas essas pessoas são mais sensíveis. O som que incomoda um autista pode não incomodar de maneira nenhuma uma pessoa que não tenha nenhuma patologia, temos que ter isso em mente essa clareza para tentar proteger essas pessoas”, destacou Vanessa.

DIÁRIO DO SERTÃO

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