header top bar

section content

Em meio aos conflitos, 150 brasileiros aguardam liberação para sair da Líbia, entre eles um cajazeirense

O jovem engenheiro da cidade de Cajazeiras viajou a Líbia para realizar um serviço para empresa que ele trabalha e ficou impedido de sair do país.

Por

23/02/2011 às 22h15

Entre os 150 brasileiros que estão na Líbia aguardando liberação para deixar o país, um cajazeirense vive momentos de aflição. Trata-se do engenheiro Ricardo César Holanda, que é filho de Gláucia Holanda e do engenheiro Ricardo Correia Lima, residentes na cidade de Campina Grande. O engenheiro é sobrinho dos bancários Nilmar e Marcelo Holanda, e dos médicos Rafael e Luciano Holanda.

Segundo informações de familiares, Ricardo está na Líbia prestando serviços a construtora Queiroz Galvão e está abrigado na residência do chefe da empresa.

A situação que ele enfrenta ao lado dos demais brasileiros que se encontram na Líbia é desesperadora, pois, falta comunicação e a comida está quase acabando.

A última vez que seus familiares conseguiram manter contato com o engenheiro foi nessa segunda-feira (21).

Os familiares e amigos estão apreensivos aguardando a sua liberação. Um avião foi contratado para fazer o "resgate dos brasileiros, mas sem êxito. As últimas informações dão conta que está sendo providenciado um navio na Itália, para resgatar os brasileiros que estão na Líbia impedidos de sair.

Situação na Líbia
Segundo a rede Al Jazeera, pelo menos 250 pessoas morreram na segunda-feira (21) em Trípoli nos bombardeios da Aeronáutica líbia contra os manifestantes que reivindicam a queda do regime de Kadafi, no poder desde 1969. A Federação Internacional dos Direitos Humanos (FIDH) assinalou que a violenta repressão exercida pelo regime de Kadafi já deixou entre 300 e 400 mortos desde 15 de fevereiro.

O porta-voz da ONU, Martin Nesirky, assinalou que, se “esses ataques contra civis forem confirmados, representarão uma séria violação da lei humanitária internacional”. Ban reiterou sua chamada “ao respeito dos direitos humanos e das liberdades básicas fundamentais, incluindo os direitos à associação pacífica e à informação”. O secretário-geral da ONU fez o apelo para que as autoridades líbias “se comprometam a manter um diálogo amplo para tratar das legítimas preocupações da população”.

O embaixador adjunto da Líbia na ONU também exortou Kadafi a “deter o massacre do povo líbio. O povo líbio foi suficientemente paciente durante os últimos 42 anos”, segundo declarações à CNN. O diplomata líbio pediu à comunidade internacional que não permita que o governante escape da Líbia e se refugie em outro país, solicitando ainda que se vigie o dinheiro que sair de seu país, ao tempo que qualificou a situação de “genocídio”.

Segundo testemunhos de cidadãos do país, especialmente os moradores de Trípoli e Benghazi, a segunda maior cidade da Líbia, várias centenas de pessoas morreram nos últimos dias nos violentos enfrentamentos com as forças leais a Kadafi.

DIÁRIO DO SERTÃO com Portal CZN

Tags:
Recomendado pelo Google: