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Emepa leva tecnologia da produção integrada do caju para produtores de Maturéia

O evento, promovido pelo Governo do Estado, por meio da Emepa, aconteceu nesta quarta-feira (17), no Sítio São João, na cidade de Maturéia.

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18/04/2013 às 18h15

O aproveitamento da fibra do caju em substituição à carne no preparo de diferentes pratos foi um dos assuntos abordados no Dia de Campo sobre a Difusão da Produção Integrada do Caju, que reuniu dezenas de produtores da região da Serra do Teixeira. O evento, promovido pelo Governo do Estado, por meio da Emepa, aconteceu nesta quarta-feira (17), no Sítio São João, na cidade de Maturéia, no Sertão Paraibano.

Outro assunto repassado aos produtores foi a forma de produzir o fruto sem agressão ao meio ambiente, minimizando o uso de agrotóxico, com um novo sistema de poda e de colheita, onde  se aproveita não só a castanha como também o pedúnculo (fruto), geralmente desperdiçado pelos  agricultores. O pesquisador Edvaldo Galdino mostrou aos produtores todas as etapas de produção do sistema integrado, que resulta em alimentos seguros para o consumo humano com custos bem abaixo do esperado.

De acordo com o presidente da Emepa, Manoel Duré, as tecnologias desenvolvidas pela empresa precisam ir ao campo “porque não adianta nosso trabalho ficar encalhado nas prateleiras; temos que produzir para o pequeno produtor para minimizar os seus problemas, como é o caso daqui da região de Maturéia, onde a produção do caju vem diminuindo a cada ano por conta da falta de um manejo adequado”.

Duré informou que desde 2009 a Emepa vem colaborando com os produtores de castanha da região da Serra de Teixeira, onde predominam os cultivos extensivos do cajueiro comum oriundos de sementes (pé franco), resultando em acentuada variabilidade genética e baixa produtividade. A Emepa vem implantando unidades demonstrativas nas pequenas propriedades utilizando a variedade CCP-76 que, segundo Christiane Mendes Cassimiro, pesquisadora da área, “é uma variedade com alta produtividade, e uma alternativa promissora para o agronegócio do caju na Paraíba, podendo ser explorado nas condições climáticas da Mata Paraibana, Agreste e Sertão”.

O Dia de Campo reuniu cerca de 120 produtores, técnicos, prefeitos de municípios vizinhos, o agente de Desenvolvimento do Banco do Nordeste, Genival Júnior, o representante da Emater Regional, Hermes Maia, o extensionista  Hildenér Lucena,entre outras pessoas.  

O prefeito do município de Maturéia, Daniel Dantas Wanderley, declarou que o evento vem ao encontro dos produtores, atendendo suas necessidades mais urgentes. “Precisamos de mais eventos dessa natureza e de mais incentivo para o produtor, principalmente nessa fase de estiagem quando quase nada se colhe no campo”, afirmou, agradecendo aos parceiros (Emepa e Emater). Ele disse que a cidade  vai estar “sempre de portas abertas para esses eventos porque perdemos muito de nossa produção, mas não é motivo para desanimar”.

Para o prefeito de Teixeira, Edmilson Alves dos Reis, o Dia de Campo representou o pontapé inicial para um processo mais moderno de produção na fruticultura, “porque aqui nós temos não só o caju, mas também outras frutas como a pinha, o umbu, a acerola e a manga”.

O produtor José Batista Neto, proprietário do Sítio São João, disse que os seis hectares de caju da variedade CCP-76 que ele plantou já começam a produzir, mesmo com a falta de chuvas. Ele conduziu alguns produtores para ver in loco toda a plantação em fase de floração.

O presidente da Associação Comunitária Mãe da Lua, João Severino Pedro, também participou do evento e disse que aprendeu muito com os pesquisadores e técnicos que ministraram os cursos. “Aqui é como se fosse uma escola para a gente aprender a plantar. Aprendi muito nesse encontro. Já fui aconselhado a não usar veneno para combater lagartas e agora já sei utilizar o inseticida orgânico”, comentou.

A produção integrada é um sistema de produção de alta qualidade baseado na sustentabilidade, com base em práticas que contribuem para o desenvolvimento humano, levando em conta a segurança do trabalhador, a qualidade de vida dos produtores, a conservação do meio ambiente, e sanidade e o bem-estar dos animais.

DIÁRIO DO SERTÃO com Secom

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