header top bar

section content

A política e a história de Cajazeiras estão na Faisqueira especial que faz homenagem aos 150 Anos da Cidade

A Faisqueira desta sexta-feira trouxe vários relatos e curiosidades sobre os 150 anos de história da cidade de Cajazeiras. Saiba tudo clicando aqui!

Por

23/08/2013 às 11h51

Seis pares de orelhas
O escritor cajazeirense, Otacílio Dantas Cartaxo, em seu ensaio teatral, “Morticínio Eleitoral em Cajazeiras”, revela que Ana Cartaxo ao ver os assassinos de seu filho João do Couto Cartaxo, morto em 1872, absolvidos, teria mando fazer a sua própria justiça e conservava numa panela com sal as 12 orelhas dos algozes de seu filho.

Fama matriarcal
A cidade de Cajazeiras ganhou fama pelo Brasil afora de ser uma cidade de quem mandava eram as mulheres e este fato teria um fundo de verdade em função do povo de Cajazeiras só elevar o nome de Mãe Aninha, mãe de Padre Rolim, e nunca o nome de seu marido Vital foi exaltado.

Fama matriarcal
O fato é que o nome de Mãe Aninha só começou a ganhar fama, em função de Vital ter morrido bem antes de seu filho, Padre Rolim, daí a lembrança e a ligação do nome recair sempre sobre Ana.

João Agripino
João Agripino, conhecido também como o “Mago de Catolé do Rocha”, só foi eleito governador da Paraíba graças a grande maioria de votos obtida na cidade de Cajazeiras, que ultrapassou a casa dos três mil e sua maioria no estado sob Rui foi de cerca de dois mil votos e a cidade esperava com isto que ele a presenteasse com muitas obras.

João Agripino 2
Mas o primeiro presente que ele mandou para Cajazeiras foi uma carrada de policias armados com um “buquê” de fuzis para intimidar e obrigar o comércio local a abrir as suas portas, que estavam fechadas em função de um protesto dos comerciantes pelo “arrocho fiscal” implantado pelo seu governo.

João Agripino 3
Dentre as poucas vozes que se levantaram contra esta “mesquinha” atitude do Mago de Catolé, foi mais uma vez uma mulher: Iracles Pires, que em uma carta aberta escreveu “poucas e boas” contra o governador. O resto da cidade silenciou, inclusive os lideres políticos da cidade.

Dom Zacarias Rolim de Moura
Certa vez um cidadão procurou o bispo de Cajazeiras, Dom Zacarias Rolim de Moura, para que ele liderasse um movimento para prestar uma homenagem a um grande cajazeirense e ele com seu tradicional charuto entre os dedos, soltou uma grande baforada e exclamou: meu filho você já viu “Rolim” prestar homenagem e aplaudir a ninguém, Rolim só gosta de ser homenageado e aplaudido”, e Dom Zaca, como é Rolim da gema, com a sua resposta, deixou bem clara a sua opinião, ao cidadão que o procurou.

Luis Gonzaga
O saudoso cantor Luis Gonzaga gostava muito de cantar em Cajazeiras, além de ter a nossa cidade como caminho para ir para o seu querido Ceará e sempre parava na porta do Armazém de Seu Arcanjo e ia logo gritando: “Arcanjo, vim buscar meu litro de conhaque Macieira 5 estrelas para eu beber em cima da Serra do Araripe com meus amigos” e certa vez confidenciou ao velho amigo: “Arcanjo o povo de sua terra não é de aplaudir em profusão um artista que nela se apresenta e eu tiro por mim, que por mais que me esforce os aplausos são poucos e comedidos”.
 
João Abreu
João Abreu, comerciante da Rua Padre Manoel Mariano, vizinho onde é hoje a mercearia de Egidio Figueiredo, foi eleito vereador e numa das celebres reuniões da Câmara, que funcionava no primeiro andar da Prefeitura Municipal, juntamente com o Fórum, travava um forte debate com um dos seus pares sobre o hábito de fumar e João já sem argumento para convencê-lo, pediu mais um aparte e falou: “colega, fumar é vicio e viça quem pode”. João era um inveterado fumante.

João Bosco Braga Barreto
O ex-deputado estadual Bosco Barreto era tido pelos “homens da revolução” como incendiário, agitador e comunista e certa vez liderou a passeata da fome pelas ruas de cidade e por este e outros movimentos foi processado pela Policia do Exército e uma das testemunhas destes fatos foi Arcanjo Albuquerque, comerciante cajazeirense, que teve que ir até a cidade de Recife prestar depoimento.

João Bosco Braga Barreto 2
Quando “os milicos” pensavam que Arcanjo ia “detonar” Bosco, aconteceu exatamente o contrário e o que ele falou foi: “se não fosse este rapaz os pobres de minha terra tinham passado muito fome, porque eu mesmo contribui com várias campanhas que ele fez pedindo comida para os flagelados da seca”. E Bosco foi absolvido, mas ficou marcado pelos “milicos”.  

Gazeta do Alto Piranhas

Tags:
Recomendado pelo Google: