VÍDEO: Vírus mais agressivos dificultam diagnosticar doenças respiratórias, alerta pediatra Emmanuelle Lira
A médica com mais de 20 anos de experiência no atendimento a crianças tem constatado que diversos vírus responsáveis por crises respiratórias e demais sintomas comuns entre eles se tornaram mais agressivos nos últimos anos
A médica pediatra Emmanuelle Lira, com mais de 20 anos de experiência no atendimento a crianças, tem constatado que diversos vírus responsáveis por crises respiratórias e demais sintomas comuns entre eles se tornaram mais agressivos nos últimos anos, sobretudo após a pandemia da covid-19. Ela vê como indício de que os vírus estão sofrendo constantes mutações.
Uma das consequências dessa agressividade por meio dos sintomas é o agravamento do quadro clínico durante crises respiratórias e, por conseguinte, o aumento de pacientes em hospitais, em postos de saúde e maior tempo para se recuperar das doenças.
No programa Olho Vivo da Rede Diário do Sertão, Emmanuelle Lira explica que o aumento no número de casos de doenças respiratórias em determinado período do ano nem sempre está relacionado somente à sazonalidade (mudanças climáticas de acordo com a estação), mas também a períodos de pico de reprodução dos vírus anualmente. Logo, as virores, gripes e crises respiratórios sempre ocorrerão. O que está acontecendo de diferente nos últimos anos é que os vírus estão mais agressivos.
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“Na verdade, existe um ciclo do vírus e nesse ciclo, independente de estar chovendo naquela época ou não, o vírus cumpre a curva de vida dele, e nessa época do ano existe um pico. Eu nem falo em meses, eu sempre brinco que é do Carnaval ao São João, porque basicamernte começa no final de fevereiro, início de março – varia muito – e vai até o finalzinho das festas de São João, que também coincidem com um evento muito importante que é as férias escolares. As crianças começam a se isolar de novo, se trancam dentro de casa de novo e param de passar as doenças umas para as outras”, explica a médica.
Vírus mais agressivos e com sintomas semelhantes dificultam o diagnóstico, ou seja, está mais complexo saber se a crise respiratória e outros sintomas – como febre, dor de cabeça e vômito – são provocados pela covid-19 ou pela influenza ou pelo adenovírus, entre outros.
“Eu acho que todos os vírus tiveram a sua ‘virada 19’. Então, provavelmente a gente teve a ‘influenza 19’, ‘adenovírus 19’, o ‘sincicial respiratório 19’, porque eu noto ao longo dos anos uma gravidade maior em todos eles. Por exemplo, influenza sempre deu prostração e febre, mas não no nível que está dando agora”, avalia Emmanuelle.
“Houve uma mudança, sim, e quem trabalha há vinte anos como eu, nota essa diferença. E a gente ainda tem outra situação que são as sazonalidades de outros vírus juntos. E aí quando junta tudo, cria aquela situação que o sertanejo chama de ‘além de queda, coice’. A gente não sabe o que é”, acrescenta a pediatra.
ENTREVISTA COMPLETA COM EMANUELLE LIRA NO OLHO VIVO
DIÁRIO DO SERTÃO
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