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VÍDEO: Psicóloga explica o transtorno de ansiedade e como lidar com o problema que atingiu Wesley Safadão

De acordo com o último grande mapeamento global de transtornos mentais realizado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil possui a população com a maior prevalência de transtornos de ansiedade do mundo

Por Luis Fernando Mifô

05/09/2023 às 17h27 • atualizado em 05/09/2023 às 17h37

De acordo com o último mapeamento global de transtornos mentais realizado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil possui a população com a maior prevalência de transtornos de ansiedade do mundo. Cerca de 9,3% dos brasileiros sofrem de ansiedade patológica. Em seguida, aparece o Paraguai (7,6%), Noruega (7,4%), Nova Zelândia (7,3%) e Austrália (7%).

Ainda de acordo com dados da OMS, no primeiro ano da pandemia de Covid-19, a prevalência global de ansiedade e depressão aumentou em 25%.

O assunto ganhou repercussão nesta semana após o cantor Wesley Safadão anunciar uma pausa na agenda de shows. Segundo o comunicado emitido pela equipe do artista, ele está enfrentando problemas de saúde por conta da rotina pesada.

A assessoria de Safadão revelou que o cantor enfrentou fortes crises de ansiedade na noite de sábado (02). Por conta disso, os shows que estavam marcados foram cancelados.

Mas o que é transtorno de ansiedade? Como diagnosticar que as reações de ansiedade em uma pessoa não são mais naturais e sim um problema mental? Como tratar e lidar com a doença?

No programa Olho Vivo da Rede Diário do Sertão, a psicóloga Karoline Souza esclareceu algumas dúvidas sobre o problema. “Medo e ansiedade são emoções normais. Mas quando elas aparecem de maneira persistente, excessiva, que interrompe o dia a dia, o cotidiano, como aconteceu com ele, que teve que parar os shows, então aí é uma maneira que você pode caracterizar como transtorno”, iniciou Karoline.

Wesley Safadão se afastou dos palcos para tratar problemas com ansiedade (Foto: Divulgação)

Algumas reações físicas como coração acelerado e mãos suando, decorrentes de nervosismo, antes de um acontecimento do cotidiano, como uma reunião, um teste etc. podem ser normais. Porém, dificuldades recorrentes para dormir, falta de ar, dificuldade excessiva para se concentrar no trabalho por somente pensar no pior, aí é importante ficar atento, pode ser a ansiedade em nível patológico, alerta a especialista.

Os sintomas variam de pessoa para pessoa, mas Karoline cita a palpitação, a sudorese, dificuldade de respirar e ruminação de pensamentos que dificultam o foco no agora.

“Se você perceber que isso acontece de maneira excessiva, persistente no seu dia a dia, que está lhe impedindo de fazer alguma coisa, se ela te causa sofrimento excessivo, é quando você deve parar um pouco e se questionar se você tem realmente esse tipo de transtorno”, ela ressalta.

Para lidar com o problema, o primeiro passo, geralmente, é procurar ajuda terapêutica. Karoline também cita algumas técnicas de relaxamento, como, por exemplo, a respiração diafragmática para ajudar no controle durante um surto. “O ponto não é você fugir da ansiedade, é perceber, encarar e entender os pontos que estão lhe causando sofrimento, porque quando você percebe o que está causando o sofrimento, você pode passar a entender e pode, a partir disso, procurar estratégias que vão ser mais funcionais no cotidiano.”

DIÁRIO DO SERTÃO

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