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VÍDEO: ‘Um senador leva um caminhão cheio de drogas, um pobre é preso com 5 ou 10 gramas’, critica padre

Padre cajazeirense diz que a descriminalização do porte de maconha é uma pauta que não recebe a devida atenção do Congresso porque existem deputados e senadores envolvidos com o narcotráfico

Por Luis Fernando Mifô

28/08/2023 às 15h54 • atualizado em 28/08/2023 às 15h59

Na coluna Direto ao Ponto dessa semana, padre Francivaldo Albuquerque comentou sobre as discussões em torno da votação no Supremo Tribunal Federal (STF) pela descriminalização do porte de maconha para distinguir usuário de traficante. O colunista diz que essa pauta não recebe atenção no Congresso porque existem deputados e senadores envolvidos com narcotráfico.

“O Supremo está fazendo exatamente o que a Câmara e o Senado deveriam ter feito e não fizeram porque há muitos interesses, há muito envolvimento de membros do Senado e deputados com a questão do narcotráfico”, opina Francivaldo.

No último dia 25, o STF interrompeu o julgamento que vai decidir, de uma só vez, se o porte de maconha para uso pessoal é crime (placar até agora é de 5 a 1 para que não seja crime) e se é possível diferenciar usuário de traficante com base na quantidade de droga encontrada (placar é de 6 a 0 e já tem maioria para definir uma quantidade limite).

O colunista padre Francivaldo recordou alguns casos de tráfico de drogas envolvendo nomes de políticos, a exemplo dos 39 quilos de cocaína que estavam na bagagem de um sargento que era membro da comitiva do ex-presidente Jair Bolsonaro em sua viagem à cúpula do G20 no Japão, em 2019. A droga foi apreendida pela Policia Civil espanhola no aeroporto de Sevilha.

“Essa classe política que está envolvida até o pescoço com a questão do narcotráfico não se interessa, não se envolve, não se empenha para legislar sobre uma matéria tão séria. Aí fica a hipocrisia, um discurso de falso moralismo, as cadeias se enchendo de drogados, de jovens, porque a nossa sociedade é uma sociedade de drogados, de dependentes químicos, muitos usuários. E muitos estão na cadeia, que poderiam estar numa casa de recuperação”, comenta.

“Um senador leva um caminhão cheio de drogas, um pobre é preso com cinco ou dez gramas, vai para o presídio para todos nós pagarmos por ele cinco mil reais por mês. É preciso corrigir esses absurdos, essas contradições, para que o país chegue a um ponto de equilíbrio”, acrescenta.

DIÁRIO DO SERTÃO

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