VÍDEO: Médico revela detalhes sobre casos de aids em Cajazeiras e deixa mensagem para portadores do HIV
Número de contaminações cresce e tem preocupado profissionais de saúde no Brasil, como é o caso do ginecologista Oscar Sobral, que atua na região de Cajazeiras
De 2007 até junho de 2018, foram notificados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação do Ministério da Saúde – Sinan, 247.795 casos de infecção pelo vírus HIV no Brasil, sendo que 117.415 (47,4%) na região Sudeste, 50.890 (20,5%) na região Sul, 42.215 (17,0%) na região Nordeste, 19.781 (8,0%) no Norte e 17.494 (7,1%) na região Centro-Oeste.
O número de novas contaminações cresce e tem preocupado profissionais da área de saúde no Brasil, como é o caso do ginecologista Oscar Sobral, que atua na região de Cajazeiras, Sertão da Paraíba.
Segundo Oscar Sobral, os gráfico de casos de aids no Brasil têm apresentado aumento, e isso também está relacionado ao fato de que, atualmente, é mais fácil realizar exame na rede pública de saúde. Dr. Oscar pede aos secretários de Saúde dos municípios do Sertão paraibano que façam campanhas sistemáticas de conscientização.
“Claro que a procura também aumentou, no sentido de fazer um melhor diagnóstico na rede pública. Nas Unidades Básicas de Saúde é um exame de rotina. Nas maternidades e nos hospitais são fáceis os testes rápidos que têm aumentado consideravelmente o diagnóstico. Mas o que nós estamos vendo também é que muitos pacientes têm procurado os laboratórios para fazer exames e tem dado alguns casos positivos, principalmente na nossa região”.
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O Brasil foi um dos primeiros países, entre os de baixa e média renda, a fornecer tratamento gratuito para pessoas que viviam com aids. Isso ocorreu em 1996, graças ao Sistema Único de Saúde (SUS), mas ainda é preciso muito mais para mudar essa realidade.
Dr. Oscar Sobral ressalta que também aumentaram os casos de outras Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST), e que educação em saúde é o principal caminho para reduzir os índices.
“[aumento dos casos ] é uma prova que está havendo realmente falta de atenção dos jovens em usar preservativo, até porque é maior o número de casos em adultos jovens, o que nos preocupa. Não significa, também, que não temos casos de pessoas idosas”.
O Brasil conta com uma das maiores coberturas de tratamento antirretroviral (TARV) entre os países de média e baixa renda: mais da metade (64%) das pessoas que vivem com HIV recebe tratamento gratuito, segundo relatório da Unaids. Pesquisadores acreditam estarem perto de descobrirem a cura para a o vírus da aids.
“Procure o apoio de Deus e faça uma adesão ao tratamento. Procure uma equipe médica. Vá na Unidade da Família mais próxima à sua casa. Se você está encabulado, quando você tiver acesso ao consultório do médico, ele vai guardar sigilo, não vai dizer a ninguém que você é portador, vai lhe encaminhar para que você faça os exames de rotina e lhe organizar para que você fique recebendo o medicamento”, disse Dr. Oscar, orientando as pessoas que são soropositivas.
“Hoje em dia, com o advento do coquetel, as pessoas têm uma vida saudável. Houve uma melhora muito grande da qualidade de vida do paciente portador da síndrome, e com isso ele deixou de ser uma ‘assombração'”, completou.
Redação DIÁRIO DO SERTÃO
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