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Morte de Frei Damião completa 20 anos neste 31 de maio; Veja vídeo da última visita do frei a cidade de Cajazeiras. ASSISTA ACESSANDO AQUI!

Em 1993, uma comitiva chegou ao campo de pouso Antonio Tomaz trazendo Frei Damião, que foi recebido com muita alegria pelos fiéis.

Por Diário do Sertão

31/05/2017 às 15h57 • atualizado em 31/05/2017 às 16h50

Neste 31 de maio de 2017 completa 20 anos da morte de Pio Gionnotti, mais conhecido por Frei Damião de Bozzano. Falecido em 31 de maio de 1997, ” Frei Capuchinho” ficou conhecido no Nordeste por seus sermões que arrastavam multidões.

O ano de 2017 é marcado pelos 20 anos da morte do religioso que é um dos mais importantes do Nordeste. Em Guarabira houve uma romaria nesse domingo (28), com participação de fiéis de vários estados nordestinos.

Frei Damião em visita a cidade de Cajazeiras

Cajazeiras
Em 1993 no aniversário da cidade de Cajazeiras, o então prefeito da época, José Nello Zerinho inaugurou várias obras contando com a participação do também então governador, Ronaldo Cunha Lima, do ex-senador Humberto Lucena e várias outras figuras do meio político. A comitiva chegou ao campo de pouso Antonio Tomaz trazendo Frei Damião, que foi recebido com muita alegria pelos fiéis.

História
Frei Damião (1898-1997) foi um religioso católico italiano. Durante 66 anos peregrinou por diversas cidades do Nordeste Brasileiro levando a evangelização. O pedido de canonização do frei foi aberto em 2013. Frei Damião (1889-1997) nasceu em Bozzano, na Província de Lucca, na Itália, no dia 05 de novembro de 1898. Filho dos camponeses italianos Felix e Maria Giannotti teve uma importante formação católica. Foi batizado com o nome de Pio Gionnotti.

Com 10 anos de idade, após ser crismado, começou a externar sua vocação ao sacerdócio. Com 13 anos ingressou no Seráfico de Camigliano, da Ordem dos Frades Menores Capuchinhos. Aos 17 anos recebeu os votos religiosos, passando a ser chamado de Frei Damião de Bozzano.

Frei Damião iniciou o estudo da Filosofia que foi interrompido com sua convocação para o serviço militar durante a Primeira Guerra Mundial. Em 1920 foi enviado para a Universidade Georgiana de Roma, onde estudou Direito Canônico e Teologia Dogmática.

Frei Damião ao lado do ex-prefeito de Cajazeiras, Antonio Quirino de Moura

Em 05 de agosto de 1923, foi ordenado sacerdote na Igreja do Antigo Colégio São Lourenço de Brindisi, em Roma. Em seguida foi nomeado vice mestre de noviços. Em 1931 foi enviado ao Brasil chegando no dia 17 de junho com a missão de evangelizar.

Ao chegar ao Brasil instalou-se no Convento de Nossa Senhora da Penha, no centro da cidade do Recife. Foi eleito assistente da Custódia Geral dos Capuchinhos de Pernambuco, onde se dedicou às Santas Missões. Iniciou suas peregrinações no sítio Riacho do Mel, no município de Gravatá, em 05 de abril, logo conquistando a admiração dos católicos da região. Durante a Segunda Guerra Mundial, Frei Damião permaneceu recluso em um convento na cidade de Maceió, em Alagoas, até 1945.

Frei Damião dedicou 66 anos de sua vida a peregrinar por diversas cidades do Norte e Nordeste do Brasil pregando o evangelho. Quando chegava a uma cidade era recebido com festa e tratado com carinho, pois todos queriam ouvir suas palavras. Era presença esperada para levar conforto à casa de algum enfermo. Porém afirmava que era apenas um mensageiro de Deus.

Com o passar dos anos o frei adquiriu uma deformação na coluna que o deixou encurvado, provocando dificuldades na fala e na respiração. Durante muitos anos sofreu de erisipela, devido à má circulação sanguínea. Em 1990 sofreu uma embolia pulmonar e reduziu o ritmo de suas caminhadas.

Em virtude de idade avançada, o frei foi diminuindo suas visitas. No dia 31 de maio de 1997, após 19 dias em coma no Real Hospital Português, Frei Damião veio a falecer. Seu corpo foi embalsamado e velado na Basílica da Penha, durante três dias. Após ser velado, foi sepultado no Convento de São Félix de Cantalice, no bairro do Pina, no Recife, preparado para recebê-lo, e hoje é ponto de peregrinação dos fieis. A Igreja analisa o processo de canonização do frei, que foi aberto em 2013.

DIÁRIO DO SERTÃO

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