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Indefinição do Superior Tribunal aumenta instabilidade da candidatura de Cássio

Advogados do Grupo Cunha Lima divergem sobre melhor saída nas eleições do próximo dia 03 de outubro.

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24/09/2010 às 15h21

A indefinição do Supremo Tribunal Federal sobre a aplicabilidade este ano da Lei da Ficha Limpa aumenta a agonia do ex-governador Cássio Cunha Lima (PSDB), candidato ao Senado pelo PSDB. Os aliados mais próximos esperavam uma definição ontem para escolher rapidamente a melhor estratégia a ser adotada.

"É preciso que o povo e a opinião pública saibam que Cássio Cunha Lima não tem registro. O registro dele foi impugnado. Os advogados dele precisam dizer isso ao povo", disparou o advogado Roosevelt Vitta, em entrevista à rádio CBN de João Pessoa nesta sexta-feira (24).

Uma semana de tensão – O empate em 5 a 5 adiou um veredito e deixa cada vez mais complicada a situação do tucano, que fica dividido entre colocar um substituto no seu lugar ou ser candidato arriscando perder o mandato, caso o STF decida posteriormente pela legalidade da Lei. Cássio tem praticamente uma semana para tomar uma decisão e avaliar os riscos.

Até no círculo dos advogados que atuam em defesa de Cássio há quem não esconda a preocupação com a indefinição. "Sofremos um forte risco de termos as eleições sem saber quem é ou não inelegível", expressou Fábio Andrade, um dos advogados de Cássio.

Repercussão nas bases – A instabilidade da candidatura do tucano está levando alguns prefeitos e lideranças políticas do Estado a repensar posições políticas. Um grupo de prefeitos teme votar em Cássio Cunha Lima e depois o ex-governador ser cassado pela Justiça Eleitoral, com base na Ficha Limpa.

Hoje pela manhã, lideranças do Sertão que votam em Cássio e Wilson Santiago já iniciaram contatos com a coordenação de campanha de Vital do Rêgo Fillho. Aliados de Santiago também já foram contactatos.

O efeito da indefinição levou também a coordenação política de Wilson Santiago a redobrar as esperanças e a intensificar as ações pelo Interior da Paraíba.

Aliados de Cássio ainda temem o efeito da iminente substituição do tucano pela esposa Sílvia Cunha Lima, fato reiteradamente negado pelo ex-governador, mas tido internamente como solução mais viável e segura.

Jonhson Abrantes: Cássio tem que ser candidato – Apesar do clima de instabilidade dentro do Grupo Cunha Lima, o advogado eleitoralista Jonhson Abrantes defendeu nesta sexta-feira (24) que a preço de hoje Cássio deve manter a candidatura ao Senado.

"A decisão de ontem indiretamente atinge não só a Cássio, mas a centenas de políticos brasileiros com recursos pendentes", frisou o advogado, acrescentando que o STF discutiu apenas se a lei entraria em vigor este ano.

Abrantes entende que após as eleições, há grandes possibilidades da aplicação da Ficha Limpa ser repensada.

"Haverá um novo Congresso Nacional, com senadores simpáticos a Cássio, como Aécio Neves e Lindemberg Farias. Humberto Lucena foi cassado, mas depois o Senado o anistiou", historiou Jonhson.

Do MAISPB

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