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MPF divulga ranking dos prefeitos denunciados por desvios de verbas; 4 gestores do Sertão estão na lista

Na PB, 11 gestores respondem a processos por improbidade administrativa e o ¨ralo¨ dos desvios é a Educação.

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20/08/2013 às 15h47

Uma investigação do Ministério Público Federal (MPF) aponta que 80% dos municípios nordestinos estão envolvidos em denúncias de desvios de recursos públicos. Na Paraíba, 11 gestores respondem a 15 processos por improbidade administrativa e o ‘ralo’ dos desvios do dinheiro público é a Educação.

De acordo com o MPF, o prefeito da cidade de Marizópolis, no Sertão do Estado, José Vieira (PSC), lidera o ranking dos que mais respondem a processos com três ações judiciais.

Outros gestores do Sertão paraibano como: Antônio Carlos Cavalcante (Coremas), Aldemir Morais (Santa Luzia), José Ivaldo de Morais (Vázea) respondem a um processo.

Mutirão
Na Justiça comum se iniciou um mutirão para evitar o desvio do dinheiro público. De acordo coordenador do mutirão, o juiz Aluízio Bezerra, são cerca de 800 processos que estão sendo analisados. De acordo com Aluízio Bezerra, o mutirão abrange as vertentes improbidade e administração pública. Ele avaliou que do dinheiro desviado apenas 3% é recuperado.

"Normalmente, quem comete esse delito já entra de forma prevenida e não tem bens em seu nome, mas sim, em nome de laranjas”, afirmou. O procurador regional da República, Fábio George, trouxe dados estarrecedores sobre o desvio do dinheiro público. De acordo com o procurador, o montante soma a quantia de R$ 90 bilhões, ou seja, 3% do PIB nacional.

“Para se ter uma ideia do que isso representa avaliar que o maior programa de complementação de renda do mundo, o Bolsa Família, está avaliado em R$ 20 bilhões. Se a corrupção não existisse nós poderíamos ampliar por quatro os recursos do programa e ainda sobraria dinheiro”, afirmou.

O que mais acontece
De acordo com o procurador, as práticas mas corriqueiras de corrupção praticadas contra a máquina pública são as licitações fraudulentas. Segundo o procurador, os gestores escolhem as empresas que geralmente praticam o preço superfaturados onde os prefeitos acabam levando uma parte do dinheiro.

Outros dados que o procurador considerou relevantes fazem referencia ao ‘rombo’ na educação e saúde. Ele explicou que de cada 4 reais investidos em áreas essenciais como Saúde e Educação, um acaba sendo desviado.

DIÁRIO DO SERTÃO com MaisPB e Correio Debate, 98 FM

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