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VÍDEO: “Jeitinho brasileiro” no Congresso é também reflexo dos eleitores, comenta Heron Cid

Jornalista comparou as manobras dos deputados para se tornarem cada vez mais protegidos, a exemplo da "PEC da Blindagem" e da "PEC da Anistia", a uma extensão do "jeitinho brasileiro" no Congresso

Por Luis Fernando Mifô

18/09/2025 às 16h07 • atualizado em 18/09/2025 às 16h11

O jornalista Heron Cid, no seu comentário político dessa quinta-feira (18), no programa Olho Vivo, da Rede Diário do Sertão, comparou as manobras dos deputados para se tornarem cada vez mais protegidos contra a Justiça, a exemplo da “PEC da Blindagem” e da “PEC da Anistia”, a uma extensão do chamado “jeitinho brasileiro” no Congresso.

“Esses maus hábitos dos brasileiros não pode surpreender que cheguem até o Congresso Nacional quando os parlamentares decidem votar uma Proposta de Emenda Constitucional que protege eles, que evita ao máximo que eles sejam alcançados pelo braço da lei”, comenta Heron.

Na noite dessa quarta, a Câmara dos Deputados aprovou o requerimento de urgência para apreciar o Projeto de Lei 2162/23, que concede anistia aos envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023. Foram 311 votos a favor, 163 contra e 7 abstenções. No dia anterior eles já haviam aprovado, de maneira controversa, a “PEC da Blindagem”, que dificulta a abertura de processos criminais contra deputados federais e senadores.

“Os parlamentares estão se comportando praticamente como os adeptos do jeitinho brasileiro. Os eleitores, vez por outra, se comportam e agem como deputados, e os deputados como muitos dos nossos cidadãos”, compara Heron Cid.

Cid ressalta que a culpa de termos chegado a esse ponto é também dos eleitores, que muitas vezes escolhem seus candidatos motivados apenas por interesses pessoais.

“Esse descuido do cidadão na hora de fazer suas escolhas eleitorais, a preferência pelo atalho, pela entrega do voto por benefícios individuais, tem um preço e esse preço começa quando o cidadão vai à urna deixando a consciência em casa. A representação legislativa termina sendo a que temos, e não será melhor do que isso enquanto nós cidadãos ficarmos enxergando culpados à distância sem olhar primeiro para o espelho de nossas atitudes”.

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