Cantor taxa ex-Deputado de velhaco, fala de assédio na mídia e dá zero ao casamento gay

O cantor e comunicador sousense, Gilson Abrantes foi o entrevistado dessa quarta-feira (23) do programa “Frente a Frente” da TV Diário do Sertão, que é apresentado pelo jornalista Jackson Queiroga.

De coroinha de Igreja a empresário e cantor bem sucedido, Gilson disse que o começo foi difícil pela falta de condições financeiras. Ele fez dupla com o cantor Leonardo, cantando em barzinhos, chegando a gravar CD, algo não muito comum na época, o que representou um passo importante na busca pelo sucesso, a partir daí começava a ser conhecido na região de Sousa. 

Com o fim da dupla, pelo fato de ambos terem visões empresariais diferentes onde ele gostava de investir em estrutura e equipamentos diferentemente do seu parceiro, ele foi fazer parte de uma banda de axé e pagode liderada pelo cantor e compositor Judimar Dias onde ficou por alguns anos.

Com o intuito de formar sua própria banda no mesmo estilo, resolveu sair, e buscar seu sonho. Atualmente é bastante requisitado para diversos eventos em várias cidades do interior paraibano, fazendo shows também em estados vizinhos. Tem seu programa de Rádio, onde divulga sua música e mantém contato com os fãs. 

No Programa Frente a Frente ele participou do quadro “Que nota você dá” onde lhe foram propostos dez temas entre assuntos e nomes de personalidades ou pessoas do seu convívio. No quadro ele teria que dar dez ou zero ao que lhe era apresentado.

Zero para política
“Não quero generalizar, mais a política hoje está cheia de pessoas mal intencionadas”, disse ele logo no início da argumentação a respeito do tema. Apesar de ter alguns parentes políticos ele disse não ter a mínima intenção de se candidatar um dia. “Recebo muitos convites para entrar na política mais não tenho coragem, seria arriscar demais tudo que eu conquistei até hoje”, afirmou.

Campanha em Sousa
Como músico ele compôs e cantou diversos jingles para candidatos na eleição do ano passado, de várias cidades sertanejas. Segundo ele, dessa campanha ficou uma grande mágoa: “Fiquei extremamente decepcionado por que a musica que compus para o candidato Lindolfo Pires (DEM) não foi utilizada, não foi tocada, fui vítima de boicote”, disse ele visivelmente contrariado, afirmando que não revelaria o nome de quem o boicotou.

Assumidamente ele votou no candidato vencedor do pleito, o então Deputado André Gadelha (PMDB), no entanto, compôs musicas para os dois, o vencedor e o vencido. “Sou profissional, vivo disso e compus tanto pra Lindolfo como pra André e André sempre soube”, completou.

“Cobrança ao vivo”
Em determinado momento do programa, ao ser perguntado se já havia tido problemas em receber cachês de shows vendidos a prefeitos, Gilson surpreendeu dizendo que tinha sorte e sempre recebia, exceto no passado que fez shows para o ex-deputado federal e estadual, hoje secretário de Acompanhamento da Prefeitura de João Pessoa, Inaldo Leitão que não o pagou. “Dei azar com Inaldo Leitão que me deve até hoje”, disse Gilson completando: “O então candidato Marizinho perdeu a eleição e me pagou e ele ganho e não me pagou, inclusive se quiser pagar ainda está em tempo”, disparou o cantor.

Zero para o Casamento Gay
Apesar de ser contra o preconceito aos homossexuais ele se mostrou não ser a favor do casamento homoafetivo. “Tenho amigos e fãs gays, os respeito e gosto deles”, afirmou. Ressaltou também as qualidades, segundo ele, inerentes aos gays, como a pontualidade e criatividade.

Sobre o casamento de pessoas do mesmo sexo ele disse que não se pode aceitar que dois homens ou duas mulheres entrem numa igreja para se casar. “O que Deus deixou na Bíblia é que existiu Adão e Eva, lá não tem Adão e Ivo não”, respondeu.

Assédio 
Gilson que também é locutor, apresenta um programa de rádio na 104 FM afirmou ser sempre assediado por outras emissoras, a exemplo da Líder FM onde, segundo ele, o vereador Lafayette Gadelha dono da emissora o convida quase que diariamente para que ele saia da 104 e vá para a sua principal concorrente. “Praticamente duas vezes por semana ele me liga, mais quero deixar claro para meus fãs que eu não saio da 104 por enquanto, estou muito bem lá”, disse ele. 

Banda 
Ele afirmou que sua banda era a Top no que diz respeito à estrutura possuindo som próprio, iluminação própria, ônibus, micro-ônibus e demais equipamentos que asseguram ser a melhor em estrutura no segmento na cidade de Sousa que conta com outros grupos musicais.

“Em estrutura estamos cem anos luz na frente”, afirmou.
Na entrevista ele disse que o estúdio que possui também serve para que ele patrocine outras bandas que seriam em tese concorrentes, porém ele ajuda sem cobrar nada em troca. “Eu patrocino outras bandas, Judimar Dias e Aru do Cavaco já gravaram no meu estúdio e eu não cobrei nem um real”, concluiu.

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DIÁRIO DO SERTÃO

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