Juiz de Sousa que trabalhou em Cajazeiras diz que ministro pode ser candidato e fala de homofobia. Veja vídeo!
O magistrado se emocionou ao falar dos seus pais e dos três filhos. ¨É bênção de Deus¨Disse ele à reportagem.
Esta semana quem prestou entrevista ao Programa Frente a Frente da TV Diário do Sertão comandado pelo jornalista Jackson Queiroga, foi o magistrado Edivan Rodrigues, que falou de sua trajetória de vida, profissional e pessoal. De palavra fácil, simples e cordial, Edivan falou sobre sua infância na comunidade rural de Pereiros, município de Sousa, sua vinda à cidade em busca de melhores condições de estudo. Contou das dificuldades vividas em busca de uma educação de qualidade, e afirmou que seus pais eram o suporte necessário para que ele lutasse e sonhasse com um futuro melhor.
No quadro “Que nota você dá” ele avaliou temas e pessoas sempre com uma boa argumentação, na explicação do seu ponto de vista.
Notas dez
Ao avaliar o Ministro Presidente do Supremo Tribunal Federal Joaquim Barbosa, o magistrado ressaltou a atuação do mesmo afirmado que, em sua opinião, não houve má fé do ministro no julgamento do caso “mensalão” e sim houve preocupação em se analisar os autos e chegar a um veredicto.
Perguntado se ele acredita que Joaquim Barbosa poderia ser candidato a presidência da república ainda em 2014 ele disse que via uma grande possibilidade disso acontecer, pois o ministro tem até abril para se filiar a um partido político, pois, o prazo geral para filiações é de um ano antes do pleito, mais para magistrado a regra é de que até seis meses antes, portanto até abril do ano que vem.
Ao falar dos pais ele se emocionou bastante e não segurou as lágrimas, relembrando momentos vividos ao lado de seu pai que já é falecido e elogiando e ressaltando a fortaleza que é a sua mãe. Ainda falando sobre sua família, deu nota máxima aos seus três filhos. “Filhos são bênçãos que Deus confiou a nós”, disse ele.
Em um tema polêmico ele deu nota dez e debateu o assunto “criminalização da homofobia”. Ele ressaltou que o preconceito é crime e deve ser punido, mas não deve haver criminalização de uma opinião apenas. “Não devemos sair do 8 ao 80”, disse.
Notas zero
Quando o tema foi “judicialização das eleições” o magistrado foi contundente ao dar zero e afirmou que a cultura do “terceiro turno” deve ser abolida e que o legislador colocou o judiciário numa má posição quando determinou que em caso de decisão judicial que impeça o primeiro colocado, o segundo colocado deverá assumir o mandato.
Ainda no âmbito judicial ele deu zero e criticou as altas custas judiciais da Paraíba e concordou que, em alguns casos, os altos valores podem até inviabilizar a lide.
Muito seguro e perspicaz, Edivan deu nota zero ao envelope que trazia o tema “Executivo que nomeia ministros e desembargadores”. Para ele isso ainda é ranço da monarquia, sendo também outro ranço da monarquia a contratação de cargos comissionados nas gestões municipais, estaduais e da união.
Comentando o tema bastante atual que versa sobre o “judiciário que legisla” o magistrado afirmou que o poder legislativo deixou de legislar sobre alguns temas, ficando para o judiciário o preenchimento dessa lacuna. “Temos um congresso que não nos representa”, afirmou.
Quanto à legalização do uso da maconha ele não teve dúvida ao dar zero e argumentar que a liberação não traria nenhum benefício.
Ao debater sobre a diminuição da maior idade penal ele se mostrou contra, afirmando que não resolveria o problema e que a mídia na atualidade criminaliza os menores. Ele trouxe dados e importantes esclarecimentos sobre a situação atual da segurança pública em âmbito nacional e afirmou que apenas mudando as leis não se resolve essa crucial questão.
Focando a cidade de Sousa ele disse: “Foi criado um batalhão em Sousa, eu digo batalhão entre aspas, antes era uma companhia e hoje continua de fato sendo uma companhia. Nós temos um batalhão de direito mas na prática é uma companhia, nós temos cerca de 250 homens para vigiar uma região de 15 cidades, então você quer brincar de segurança pública e depois resolver na canetada através de leis, assim não dá”.
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DIÁRIO DO SERTÃO
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