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VÍDEO: Governo federal tem perdido autonomia diante de congressistas, avalia Heron Cid

"A roda gigante virou, antes eram os parlamentares que viviam de pires na mão para o governo e para os ministérios, agora é o contrário, é o governo que vive com o chapéu estirado para o congresso. Quem diria!", criticou

Por Luiz Adriano

28/11/2024 às 18h06 • atualizado em 28/11/2024 às 18h09

Em comentário para a TV Diário do Sertão nesta quinta-feira (28), o jornalista Heron Cid opinou em relação ao modo como os parlamentares têm se comportado no congresso nacional. Ele usou o exemplo da suspensão da Operação Carro-pipa e disse que tal situação não pode ser vista de forma isolada.

Para o profissional da imprensa, “esse é só um dos fatos que mostra na prática o que é a consequência do que vem se transformando o orçamento federal do Brasil”.

Ele explica que uma certa pressão por parte de deputados e senadores deu-se início com mais veemência a partir do governo do ex-presidente Michel Temer, se tornou enfática com Bolsonaro e permanece na atual gestão.

Heron diz que a extensão do parlamento nacional conseguiu a partir de Michel Temer, promover uma grande anomalia, uma distorção da gestão dos recursos públicos federais. “Houve um sequestro do orçamento federal […], tirando o controle desses recursos do poder executivo que por natureza constitucional é quem gerencia esses recursos, e implanta as políticas públicas para debaixo da mesa ou dentro das gavetas dos gabinetes da Câmara e do Senado da República”, falou o jornalista.

Ele lembrou que na questão da operação Carro-pipa, o Ministério da Integração teve que passar por constrangimento buscando suplementação orçamentária, “porque o orçamento está garroteado”. “Esta é uma situação que a gente não pode considerar normal nem pode se acostumar”, destacou.

“O problema é que nós estamos diante de um parlamentarismo informal em que o Congresso tem todo poder, toda a concentração, a manobra orçamentária, mas não assume os ônus pelos erros, pelos problemas da nação … Quando dar algum problema, a culpa é do presidente, então, é um país em que existe um parlamentarismo informal, do qual os parlamentares ficam apenas com o bônus, e os ônus ficam no presidencialismo de um presidente que já não tem os mesmos poderes, e de um poder executivo totalmente algemado”, pontuou.

“A roda gigante virou, antes eram os parlamentares que viviam de pires na mão para o governo e para os ministérios, agora é o contrário, é o governo que vive com o chapéu estirado para o congresso. Quem diria!”, criticou.

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