Deputada diz que microcefalia é má gestão e pode ser evitada com ações contra o mosquito da dengue
Drª Paula relatou que assumiu a Secretaria Municipal, em janeiro de 2017, e, na primeira semana de trabalho, reuniu a sociedade.
A deputada Drª Paula Francinete (PP) expressou indignação ante aos casos de microcefalia no Estado e, no País, e disse que o problema é de responsabilidade dos gestores municipais, ao tempo de afirmar que novos casos podem ser evitados com ações concretas de combate e prevenção ao mosquito da Dengue. A declaração foi feita, nesta quarta-feira (25), na Assembleia Legislativa da Paraíba, durante sessão especial da Semana de Prevenção e Combate a Microcefalia.
Em discurso proferido na Tribuna da Casa Epitácio Pessoa, a parlamentar informou que, quando então secretária de Saúde de Cajazeiras, mobilizou a sociedade civil organizada da cidade em uma frente de combate ao Aedes aegypti, no que obteve sucesso.
Drª Paula relatou que assumiu a Secretaria Municipal, em janeiro de 2017, e, na primeira semana de trabalho, reuniu a sociedade civil organizada para a realização de uma ação conjunta de combate ao mosquito da Dengue, ocasião em que revelado ao povo o Levantamento de Infestação (LIRA), no Município. “Na ocasião, falei do LIRA, que é um índice que diz como se comporta o mosquito da Dengue no Município. Na época, o LIRA estava em 12,3 na cidade de Cajazeiras, com registro de 300 óbitos pela dengue e três casos de microcefalia”, informou.
De acordo com a parlamentar, o trabalho obteve sucesso com a redução do Lira na cidade. “Fizemos um trabalho de conscientização com a população, e não tínhamos Fumacê. Fomos às ruas, às escolas e às rádios informar do trabalho que seria deflagrado para evitar a proliferação do mosquito. Resultado: de 12.2, no início do ano, o LIRA caiu para 2.2, no final de 2017, em Cajazeiras. Isto é, quase zeramos. E tem mais, não aconteceu um caso de morte pela dengue, nem um caso sequer de microcefalia”, acrescentou.
A deputada disse, durante a sessão, que uma criança que nasceu com microcefalia é porque o gestor não fez o dever de casa, não combateu o mosquito Aedes aegypti em tempo hábil. “Discurso bonito não vai resolver o problema de uma mãe que vai cuidar do filho para o resto da vida. É preciso que o gestor tenha responsabilidade, de agora em diante”, comentou.
“Queremos é que não acontece mais um caso de microcefalia no Estado, no Brasil. Não vou me calar, estarei com vocês nesse luta. Quantos anos estas mães terão pela frente de sofrimento, por irresponsabilidade de gestores?”, indagou Drª Paula, acrescentando que “o povo e as autoridades não podem se deixar vencidos por um mosquito pequeno mas que traz um grande prejuízo à sociedade, na vida das crianças, no coração das mães”.
Da Assessoria
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