No 1º Xeque-Mate de 2018, tecnólogo diz que é fácil fraudar eleições com urna eletrônica e explica como
Professor Sylvio Montenegro é designer, web master, tecnólogo, consultor independente e estudioso do voto eletrônico desde 1981
O primeiro programa Xeque-Mate de 2018 tratou de um tema que fica em maior evidência quando se aproximam os períodos eleitorais no Brasil: o voto eletrônico e a possibilidade de praticar fraudes nesse sistema. Para falar sobre o assunto, o programa convidou o professor Sylvio Montenegro, de Fortaleza-CE, que é designer, web master, tecnólogo, consultor e estudioso do voto eletrônico desde 1981.
Sylvio está entre os especialistas brasileiros que se opõem ao atual sistema eleitoral do país. Ele é contra a forma como é efetuado cada pleito, deste a captação do voto até a sua apuração e resultado final.
O tecnólogo concorda com a Corte Constitucional da Alemanha, que diz que qualquer cidadão pode verificar o pleito, a qualquer momento, sem a necessidade de ter conhecimento técnico especial. No Brasil, porém, isso não ocorre por causa do voto eletrônico.
Devido à morte de um familiar, Sylvio não pôde estar nos estúdios da TV Diário do Sertão, mas gravou vídeos respondendo a perguntas do apresentador Fernando Antônio e dos telenautas.
“É fácil fraudar”
Especialista em tecnologia computacional, Sylvio afirma que apenas o Brasil usa a urna eletrônica nas eleições, o que comprova que a confiabilidade do sistema não convenceu o resto do mundo.
Ele relembra casos marcantes de fraudes confirmadas e de suspeitas desde que a urna eletrônica foi implantada no país e afirma que é fácil fraudar uma eleição através da votação eletrônica. Inclusive, uma pessoa comum que não trabalha nas instâncias eleitorais pode fazer isso se tiver acesso ao computador central onde está o banco de dados geral dos eleitores, segundo ele.
“Desenvolvi um código em Java Script (linguagem de programação) onde demonstro como é possível mandar votos para Santos Dumont quando quem aparece na foto da urna é Monteiro Lobato. Voto no candidato “A” e o voto vai para o candidato “B”. Magia? Não. Tecnologia aplicada para o mal. E olhe como é fácil, deixando a urna eletrônica de lado, cometer uma fraude: já fiz algumas palestras sobre banco de dados e sua consolidação. Temos um ‘cadastrão’ de todos os eleitores do Brasil, certo? A isso damos o nome ‘banco de dados consolidado’ dos eleitores do Brasil. Posso fazer o que quiser com ele. O que quero dizer com isso? Estamos olhando demais a questão da fraude na urna quando na verdade a fraude pode ocorrer no computador central, onde está o banco de dados geral de todos os eleitores do Brasil”, explicou o tecnólogo.
Sylvio Montenegro é seguido por mais de 10 mil pessoas em seu perfil público, e os vídeos em seu canal no YouTube e no Facebook já superam a marca de um milhão e meio de visualizações.
DIÁRIO DO SERTÃO
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