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Diretora financeira do IPAM responde a ex-tesoureiro que contestou repasse: “Em 20 anos, deixou o órgão do jeito que deixou” – VÍDEO!

Gislany Assis participou do programa Balanço Diário e respondeu que os cálculos estão corretos, com base em balancetes, estratos e auditoria do Ministério da Previdência

Por Luis Fernando Mifô

09/06/2017 às 14h50

A gestão passada e a atual gestão do IPAM – Instituto de Previdência e Assistência Social de Cajazeiras – continuam não se entendendo quando o assunto são os valores de dívida e repasse do município ao instituto entre os anos 2013 e 2016.

O ex-diretor financeiro do órgão, Wanderson Bandeira, em entrevista à TV Diário do Sertão, disse que provavelmente houve erro nos cálculos feitos pela atual diretora financeira Gislany Assis. Esta, por sua vez, participou do programa Balanço Diário e respondeu que os cálculos estão corretos e têm como base, balancetes, estratos e uma auditoria realizada pelo Ministério da Previdência.

“Eu levantei os dados em cima de balancetes e em cima dos estratos, então não tem como dar valores diferentes. Ele está no direito dele de justificar porque eu acredito que uma pessoa que passou vinte anos à frente de um instituto e deixou do jeito que deixou, tem que justificar mesmo”, declarou a tesoureira.

VEJA TAMBÉM: Ex-tesoureiro do IPAM contesta dívida e repasse do governo Denise que foram apresentados na Câmara: “Existe muito factoide político”

Gislany Assis, atual diretora financeira do IPAM

Segundo os dados apresentados por Gislany, de 2013 a 2016 o município repassou ao IPAM pouco mais de R$ 14 milhões, e a dívida total deixada por todas as gestões municipais anteriores já ultrapassa os R$ 77 milhões.

“Em nenhum momento, nenhum dado foi fictício, foi factoide, foi inventado. Está nos balancetes. Agora, se os balancetes estão errados, aí a gente vai ter que buscar quem errou. A gente tem que trabalhar de forma responsável e responder através de documentos o que realmente foi repassado. Eu não estou aqui nem por ‘camisa A’ nem por ‘camisa B’, eu estou aqui cumprindo meu papel como diretora financeira do IPAM”, disse Gislany.

A atual gestão municipal também já começou a ter dificuldade para efetuar os repasses integrais ao instituto. De acordo com a diretora financeira, somente a parte do segurado está em dia, enquanto que para o patronal só foi repassado o mês de janeiro. Com isso, a dívida da atual gestão já passa dos R$ 2,3 milhões.

Elinete Lourenço, presidente do SINFUMC

Sindicato quer ‘recomeço’

A presidente do Sindicato dos Funcionários Públicos Municipais de Cajazeiras (SINFUMC), Elinete Lourenço, também esteve no Balanço Diário e reforçou a ideia de formar o Conselho Municipal do IPAM para intensificar o acompanhamento das ações do órgão daqui para frente, já que, segundo ela, essa dívida é impagável.

O sindicato até já entrou com uma ação na Justiça para que o próprio IPAM cobre a dívida do município. No entanto, descrente de que ela irá ser paga um dia, Elinete acha que é o momento de acabar com a omissão e recomeçar, a partir da atual gestão, a fiscalizar o repasse, tendo os servidores, o sindicato, o Poder Legislativo e o conselho – caso seja fundado – como agentes ativos para tal.

“Todos cavaram esse buraco. Essa dívida é impagável, mas o que a gente quer hoje é que a gestão atual tenha o compromisso de repassar também o patronal porque, assim sendo, nós vamos ter, pelo menos, um fôlego para que garanta a aposentadoria. Se continuar do jeito que está, sem pagar, até o final do ano está quebrado, porque já estamos entrando na reserva.”

DIÁRIO DO SERTÃO

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