Médico e ex-prefeito do Sertão será sepultado no dia do aniversário; Família se preparava para festa
O sepultamento ocorrerá exatamente no dia de dois aniversários importantes.
A casa do médico e ex-vice-prefeito de Itaporanga, Joaquim Vieira Diniz, era para ser de comemorações nesta quinta-feira, 16 de junho: hoje ele completaria 65 anos de vida e 36 de casamento. Mas, na residência localizada na Rua Marcelino Diniz, bairro Bela Vista, o lugar foi para a comoção. Dr. Joaquim, como era conhecido, faleceu no começo da noite dessa quarta-feira (15), em sua própria casa, vítima de um ataque cardíaco. O sepultamento ocorrerá exatamente no dia de dois aniversários importantes.
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Muito emocionada, a viúva Dona Mará, como é popularmente conhecida, disse que o médico estava com a saúde bastante fragilizada em função da chikungunya. Ela narrou que Dr. Joaquim, há muito tempo, enfrentava alguns problemas clínicos, a exemplo de diabetes e um distúrbio cardíaco, e convivia bem com essas enfermidades, mas, depois que ele teve a doença viral, debilitou-se bastante.
“Até parou de trabalhar porque não podia escrever a receita: essa chikungunya, para quem já tem algum problema de saúde, é terrível”, comentou emocionada a viúva, ao recordar o dia feliz do seu casamento, realizado na capela vizinha à residência do casal, que tem duas filhas. Da união até a separaçao pela morte: no momento que o médico sofreu o mal súbito, quando se encontrava sentado na mesa de jantar, foi bastante desesperador para a mulher, como narra ela, mas a morte foi imediata e não houve possibilidade de socorro.
Conforme ela, seu marido era um abnegado da medicina e dedicou praticamente toda a vida à atividade clínica. “Depois que se formou, passou seis meses em uma cidade do Ceará, mas veio para cá e não saiu mais”, comentou. Formado em 1979 pela UFPB, Joaquim Diniz dedicou seus 37 anos de carreira a Itaporanga: atualmente, ele clinicava no Centro de Saúde e no hospital, o qual dirigiu. Também foi vice-prefeito na gestão de Kátia Brasileiro na segunda metade da década de 90. Ele também era proprietário de um posto de combustível na cidade.
Dr. Joaquim era sobrinho do Padre Diniz e de Manoel Diniz, filho de Severino Diniz e neto de Marcelino Diniz, quatro importantes figuras da história de Itaporanga e cujos nomes, hoje, estão em escolas e ruas da cidade.
O velório do médico ocorreu na residência da família, logo após o corpo será velado no prédio da Prefeitura, de onde seguirá, no final da tarde desta quarta para o cemitério local. A morte de Dr. Joaquim teve forte repercussão na cidade e na região e cobriu a medicina regional de luto. A Prefeitura decretou luto oficial no município por três dias.
DIÁRIO DO SERTÃO com Folha do Vali
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