VÍDEO: Acusado de matar a cajazeirense Érica Vanessa é condenado a 17 anos de prisão: “Justiça foi feita”
Érica foi morta com disparo de arma de fogo em 2014, no seu apartamento, no Bairro do Bessa, em João Pessoa. Na época, a bacharel em Direito tinha 32 anos
O julgamento que encerrou, nesta quinta-feira (27), um dos casos mais emblemáticos de feminicídio na Paraíba marcou a condenação do ex-companheiro de Érica Vanessa de Souza Lira a 17 anos de prisão, pela segunda vez, pelo assassinato brutal da bacharel em Direito. A decisão unânime do 2º Tribunal do Júri da Comarca de João Pessoa foi celebrada por familiares e representantes de movimentos de defesa dos direitos das mulheres que acompanharam de perto o julgamento.
Érica, que era natural de Cajazeiras, mas morava em João Pessoa, foi morta em 2014, no apartamento 201 do Edifício Residencial Hebron, no Bairro do Bessa, na Capital. Na época, a jovem de 32 anos foi atingida por um disparo de arma de fogo no rosto, que entrou pela região do nariz e se alojou na nuca, levando-a à morte no Hospital de Emergência e Trauma, após ficar internada por alguns dias. Ela deixou uma filha.
O condenado, José Itamar de Lima Montenegro Júnior, bacharel em Direito, foi preso em 29 de abril de 2014 e já havia sido condenado anteriormente, em 2018, à mesma pena. No entanto, uma decisão judicial anulou a sentença, gerando indignação entre os defensores dos direitos das mulheres. O novo julgamento teve início na manhã de quinta-feira e se estendeu até perto da meia-noite, sendo marcado por um processo cauteloso e detalhado.
A professora e militante Sofia Dionízio, membro da Marcha Mundial das Mulheres (MMM) – Paraíba, que acompanhou o julgamento e participou ao vivo do programa Olho Vivo, da Rede Diário do Sertão, afirmou que, apesar da longa espera da família, o desfecho foi importante. “É um crime que foi cometido há mais de dez anos, e a gente já tinha passado por todo esse processo de julgamento em 2018. A defesa do réu conseguiu anular o julgamento anterior, e a gente teve que passar tudo isso novamente. Mas, felizmente, tivemos o julgamento concluído ontem. A condenação de 17 anos foi mantida, ele já foi levado diretamente para o presídio”, comentou a professora.
Sofia destacou também a importância do caso para a sociedade e para as mulheres em geral. “É muito importante para a sociedade civil, para outras mulheres, para outras pessoas perceberem que é possível, sim, acreditar no sistema de justiça”, completou.
Movimentos como a Associação dos Docentes Universitários de Cajazeiras (ADUC), o Centro de Defesa das Mulheres Márcia Barbosa, a Secretaria de Políticas Públicas para as Mulheres de Cajazeiras, a Marcha Mundial das Mulheres e o Conselho Municipal dos Direitos da Mulher de Cajazeiras acompanharam o julgamento de perto, reforçando a relevância do caso na luta contra o feminicídio na região.
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