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Seap-PB emite nota sobre princípio de rebelião no presídio de Cajazeiras e diz que unidade está sob controle

Na nota, o gestor da Seap-PB acrescenta que equipes do Corpo de Bombeiros e do SAMU foram acionadas preventivamente mas não houve feridos, nem reeducandos, nem policiais

Por Luiz Adriano

26/04/2024 às 09h40 • atualizado em 26/04/2024 às 18h53

Presídio Regional de Cajazeiras (Foto: Fernanda Layse/Diário do Sertão)

A Secretaria de Estado da Administração Penitenciária da Paraíba (Seap-PB) emitiu uma nota falando a respeito do princípio de rebelião na Penitenciária Padrão de Cajazeiras, ocorrido na tarde e início da noite dessa quinta-feira (07).

Conforme o órgão de segurança, o motim foi contido. O secretário João Alves se encontrava na cidade e pessoalmente acompanhou a ação dos policiais penais e militares.

Na nota, o gestor da Seap-PB acrescenta que equipes do Corpo de Bombeiros e do SAMU foram acionadas preventivamente mas não houve feridos, nem reeducandos, nem policiais. “Danificaram paredes no presídio, porém, não há vítimas e a unidade está sob controle. Procedimentos administrativos estão em andamento. Os rebelados continuarão presos na unidade”, destaca o comunicado.

ENTENDA

Detentos da Penitenciária Padrão Regional de Cajazeiras iniciaram uma rebelião na tarde dessa quinta-feira (25) e destruíram paredes de algumas celas. A princípio, a Polícia Militar informou ao Diário do Sertão que um policial penal foi ferido na boca por uma pedra arremessada.

Vídeos do princípio de rebelião foram compartilhados em grupos de Whatsapp pelos próprios detentos. É possível ver buracos feitos nas paredes das celas e presos arremessando pedras no pátio do presídio. Um deles chega a pedir ajuda da imprensa: “Estão matando nós, parceiro. Manda vir ajuda”.

Segundo o secretário de Estado da Administração Penitenciária, João Alves de Albuquerque, que esteve na cidade para acompanhar os fatos, os detentos estouraran o motim por não aceitarem a troca de direção do presídio após a Operação Ergástulo, que investiga um esquema que estaria facilitando a liberação de detentos da unidade prisional.

A operação deflagrada na manhã de ontem cumpriu mandados de busca e apreensão contra um advogado – cuja identidade ainda não foi divulgada – e contra o diretor do presídio, Tales Almeida, que se entregou à polícia em Cajazeiras e foi conduzido para uma cela na Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (DRACO) da cidade de Patos, a 170 km de Cajazeiras.

O secretário João Alves esteve em Cajazeiras e pessoalmente acompanhou a ação dos policiais penais e militares – (Foto: Fernanda Layse/Diário do Sertão)

OPERAÇÃO ERGÁSTULO

A ação mira um suposto esquema de corrupção e favorecimento ilícito que afeta o sistema prisional e judiciário na região de Cajazeiras, Paraíba. Investigações preliminares revelaram uma organização criminosa utilizando diversas artimanhas para liberar detentos, especialmente membros de facções criminosas, manipulando procedimentos legais e administrativos.

Entre as práticas identificadas, estão as alegações de enfermidades sem embasamento ou com documentação falsa, visando a liberação temporária ou definitiva de presos, além de remições fraudulentas de penas baseadas em
atividades educacionais e laborais supostamente realizadas por apenados.

Suspeita-se que tais atividades não tenham ocorrido ou tenham sido infladas em registros prisionais, acelerando indevidamente processos de progressão de regime, obtenção de liberdade e outros benefícios atinentes à execução penal.

Foram cumpridos mandados de busca e apreensão em Cajazeiras/PB (3), São José de Piranhas/PB (2) e Marizópolis/PB(2).

Investigações preliminares revelaram uma organização criminosa utilizando diversas artimanhas para liberar detentos, especialmente membros de facções criminosas, manipulando procedimentos legais e administrativos.

DIÁRIO DO SERTÃO

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