Mãe de jovem assassinado em CZ revela que crime foi motivado por aposta política. Veja
"A dor que estou passando não desejo pra nenhuma mãe de família. Ver meu filho esticado no chão se sem poder fazer nada"
O assassinato do jovem José Marcelino de Sousa, de 22 anos, mais conhecido como “Zé”, ocorrido na madrugada desta quarta-feira (12) no bairro Cristo Rei, em Cajazeiras, foi motivado por uma aposta eleitoral, de acordo com relatos da mãe e do irmão da vítima.
Em entrevista exclusiva à TV Diário do Sertão, dona Maria Selma Marcelino e o jovem Lucas Marcelino contam que José estava jurado de morte desde que se desentendeu com um homem no dia da eleição por causa de uma aposta.
Segundo eles, dois homens teriam apostado uma moto sobre quem venceria a eleição para prefeito. No entanto, o perdedor se negou a pagar a moto e, diante disso, José tomou as dores do amigo que venceu a aposta e acabou se envolvendo em uma violenta briga onde o perdedor da aposta teria dado um prazo de dez dias para que José e sua família saíssem do bairro. Como eles não saíram, o jovem foi morto.
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Havia a suspeita de que o assassinato de José teria sido motivado por vingança, já que ele e seu irmão são autores de um homicídio ocorrido há cerca de um ano – crime pelo qual eles cumpriram alguns meses de prisão e depois foram absolvidos por terem provado que foi em legítima defesa. Mas o irmão de José garante que o assassinato de José foi somente por causa da aposta no dia da eleição.
“O homicídio nós fizemos mesmo, eu e meu irmão, nas antigas, está com um ano já, mas não tem nada a ver com vingança. Pra começar, não tem mais ninguém pra cobrar do lado deles. Isso aí foi ‘mode’ o negócio da eleição. Fizeram uma aposta, não quiseram entregar uma Biz [moto], aí meu irmão tomou as dores. Deram dez dias pra nós sair [sic] do bairro. Nós não saímos, aí aconteceu isso aí”, relata o irmão da vítima.
Ainda abalada com o crime, a mãe de José afirma que apesar de seu filho ter cometido um homicídio no passado, ele era um jovem de comportamento pacífico. “A dor que eu estou passando aqui não desejo pra nenhuma mãe de família. Ver meu filho esticado no chão se sem poder fazer nada. Entrego a Deus que ele toma de conta, e dê a recompensa a quem fez isso”, diz a dona de casa.
Dona Maria acredita que ainda poderia ter salvado a vida do filho se a polícia não tivesse atrasado o socorro. “Eu estou arrasada. Foi como tirar um pedaço da minha vida. No momento do crime eu ouvi os tiros da minha casa, corri para a porta e meu filho já estava lá no chão. Quando quisemos levar na moto, chegou a polícia e não deixou mais levar. Talvez se tivesse levado, tinha salvado.”
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