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Jovem homossexual escapa da morte ao ser brutalmente agredido em Cajazeiras: “Foi muito perturbador”. Brasil enfrenta epidemia de violência homofóbica, de acordo com levantamento internacional – ASSISTA!

Quase 1.600 LGBT's morreram em ataques motivados por ódio nos últimos 4 anos e meio, segundo o Grupo Gay da Bahia

Por Jocivan Pinheiro

15/07/2016 às 14h41 • atualizado em 15/07/2016 às 14h45

“Foi muito perturbador. Eu passei por muitas coisas psicológicas. Eu não me lembro quem me espancou, só me lembro que eu acordei num terreno baldio. Quando eu acordei, só senti um peso no rosto. O peso das agressões.”

Jovem vítima de violência em Cajazeiras

Jovem vítima de violência em Cajazeiras

Essas palavras são de um jovem homossexual que foi vítima de violência e quase foi morto há cerca de três anos na cidade de Cajazeiras. O motivo seria a discriminação pela sua condição sexual.

O Brasil enfrenta uma epidemia de violência homofóbica, de acordo com um levantamento internacional que classificou o país como o lugar mais mortífero do mundo para gays, lésbicas, bissexuais, travestis e pessoas transgêneras.

Quase 1.600 LGBT’s morreram em ataques motivados por ódio nos últimos 4 anos e meio, segundo o Grupo Gay da Bahia, que monitora as mortes por meio de notícias na mídia. Segundo o levantamento, uma pessoa homossexual ou transgênera é morta por dia no Brasil.

“Eu tento esquecer e já esqueci. Estou seguindo em frente. O que passou, passou, e aí é só ter consciência e cuidado agora. Mas devia ter uma medida mais, digamos, protetora para que sintamos mais seguros em qualquer ambiente”, diz o jovem vítima de violência.

Em Cajazeiras, grupos LGBTS’ têm participação importante nas políticas públicas voltadas para essa comunidade, e realizam eventos que procuram conscientizar, educar e aproximar as pessoas como forma de reduzir o preconceito. Mas ainda há muitos casos de violência contra LGBT’s na cidade.

“Apesar de ter acontecido tudo aquilo, eu não deixo me abalar, não me abato e jamais vou me baixar diante disso”, ressalta.

DIÁRIO DO SERTÃO

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