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Secretário de Saúde descarta terceirização de hospitais

O líder do Governo na Assembléia defendeu Ricardo Coutinho e criticou gestão anterior pelo na saúde pública do Estado.

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11/05/2011 às 17h58

O Governo do Estado não vai terceirizar o Hospital de Emergência e Traumas de Campina Grande e nenhum outro da rede hospitalar estadual, foi o que garantiu o secretário de Estado da Saúde, Waldson de Souza, ao participar da sessão especial na Assembleia Legislativa da Paraíba para debater a atual situação da saúde pública do Estado, iniciada na manhã e finalizada na tarde desta quarta-feira (11/05).

Sem fundamento
A afirmação do secretário põe por terra informação “equivocada” e não oficial disseminada no meio médico paraibano, a qual veio à tona através do pronunciamento do depuado Vituriano Abreu (PSC). O secretário Waldson aproveitou a questão do Hospital do Trauma de Campina para informar que aquela casa de saúde será aberta em junho próximo. “Posso garantir que não procede a informação de que o hospital de Emergência e Traumas de Campina será terceirizado. Sobre o Hospital, o que tenho a  dizer é que ele será aberto no próximo mês”, afirmou.

Na assembléia
Durante a sessão especial, que só terminou às 16 horas, o secretário Waldson de Sousa e o secretário-chefe da Casa Civil do governo, Walter Aguiar, foram sabatinados pelos deputados estaduais e apresentaram o quadro da saúde pública da Paraíba. “É com tranquilidade que estamos aqui para falar sobre as ações e construir um projeto político para a saúde em conjunto com a Assembleia”, disse inicialmente o secretário Waldson de Sousa, ao falar à Imprensa minutos antes de entrar no plenário da Casa de Epitácio Pessoa.

Secretário
Durante a explanação, o secretário Waldson apresentou dados e estatísticas, além de afirmar que a Secretaria de Saúde possui uma dívida de cerca de 140 milhões de reais, oriunda do governo anterior. Ele informou que, em janeiro deste ano, quando assumiu o atual governo, foram encontrados problemas como o desabastecimento de medicamentos excepcionais, o desabastecimento de insumos da rede hospitalar, débitos com fornecedores da ordem de R$ 32 milhões de reais, que foram parcelados até o próximo ano, dívidas com cooperativas médicas e a inexistência de contratos formalizados com tais entidades.

Dengue
A falta de um Plano de Contingência de Combate à Dengue em um primeiro momento também foi apontado pelo secretário. O secretário apresentou, ainda, planos e ações da Secretaria, que tem as despesas principais orçadas em 54 milhões de reais.

O deputado Aníbal Marcolino (PSL), autor do requerimento de realização da sessão, ocupou a tribuna para contestar algumas das informações prestadas pelo titular da pasta da Saúde, declarando que o governo anterior deixou em caixa R$ 35 milhões de reais para a saúde e ainda 29 milhões a receber dos municípios referentes à pactuação.

Aníbal Marcolino, que integra a bancada de médicos da Casa, fez também diversos questionamentos envolvendo a retirada de equipamentos do Hospital de Campina Grande, a falta de pagamento de produtividade de médicos, a compra de órteses e próteses, a falta de médicos em determinados hospitais, entre outros. “Não estamos fazendo a política do quanto pior melhor, com saúde não se brinca. A questão da produtividade é apropriação indébita”, ressaltou Aníbal.

Waldson respondeu às perguntas do deputado, dizendo que não haverá mais pagamento de produtividade, que será redefinida (ou substituída) por outra modalidade de pagamento, através de uma planilha de remuneração de acordo com a complexidade dos hospitais.

Em defesa do Governo
O líder do governo na Assembleia, deputado Lindolfo Pires (DEM), declarou que a atual situação da saúde é decorrente da gestão anterior. Para comprovar o que disse, Lindolfo apresentou matérias jornalísticas do ano passado e de outros anos mostrando que muitos dos problemas existentes hoje na Saúde já existiam no governo passado. “Estão querendo comparar cinco meses do governo Ricardo Coutinho com um ano e dez meses do governo anterior”, disse.

A tese do líder Lindolfo foi endossada pelo deputado Toinho do Sopão (PTN), que ressaltou o pouco tempo que o atual governo teve para organizar os diversos setores da maquina administrativa. “Eu não posso deixar de dar crédito a um governo que assumiu o Estado a pouco mais de quatro meses. Mais do que isso, digo que estou torcendo pelo sucesso do governo, pois ficar contra o governo é ficar contra a Paraíba, ficar contra os paraibanos. É preciso acabar com a política do quanto pior melhor”, declarou.

Por fim o deputado Anísio Maia (PT) encaminhou mais de vinte perguntas ao secretário, todas com riquezas de detalhes, como o número exato de atendimentos na rede hospitalar estadual. Na ocasião, o secretário Waldson se comprometeu a enviar um relatório ao deputado petista.

Da Assessoria da Assembléia

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