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VÍDEO: No Dia do Advogado Criminalista, especialista fala sobre desafios e cita casos de preconceitos

O profissional falou sobre o significado da data e lamentou por não ter muito o que comemorar, mas ressaltou a importância que este dia traz para a sociedade, como forma de conscientização do trabalho fundamental que os advogados criminalistas realizam no dia a dia

Por Luiz Adriano

02/12/2024 às 18h53 • atualizado em 02/12/2024 às 19h34

Nesta segunda-feira, 2 de dezembro, Dia do Advogado Criminalista, o colunista do Diário do Sertão, Claudenilo Pereira, foi entrevistado no programa Olho Vivo da TV e Rede Diário do Sertão.

O jurista cajazeirense, especialista em Tribunal do Júri e Direito Criminal, e presidente da ANACRIM – Associação Nacional da Advocacia Criminal, destacou o significado da data. Claudenilo lamentou não haver muito o que comemorar, mas ressaltou a relevância da advocacia criminal para conscientizar a sociedade sobre o papel fundamental desses profissionais no dia a dia.

“Ela é, acima de tudo, uma data de lutas ainda. Não dá para se comemorar muito, é uma data que exemplifica a capacidade do advogado criminalista na resolução de conflitos, na missão que a sociedade confia a essa pessoa que está ali entre o fio da navalha e a justa aplicação da Justiça. Então, é uma data importante, sim. Temos muito ainda a conquistar, já conquistamos bastante, mas temos muito a mostrar à sociedade sobre a essencialidade do advogado criminalista”, afirmou.

Preconceitos -O jurista relatou casos de preconceito contra advogados criminalistas, citando duas situações que vivenciou. Segundo Claudenilo, esses episódios são frequentes.

Em um dos casos, ele contou que um amigo deletou uma foto tirada durante uma festa de São João, após ser aconselhado por um policial a não postar imagens com um advogado criminalista.

Claudenilo lamentou o ocorrido e destacou que, em cinco anos de advocacia, sempre primou pela honestidade, pedindo respeito à sua profissão:

“Saio de casa todos os dias para trabalhar de forma honesta. Ninguém vai à delegacia para passear, assim como o advogado também não vai. Nós não vamos ao fórum para uma audiência por lazer, vamos para trabalhar. Respeitamos o trabalho das forças policiais e de todos os que integram o sistema de segurança, mas também queremos ser respeitados. É só isso, só pedimos respeito”, declarou.

Claudenilo Pereira – advogado criminalista em entrevista no Olho Vivo – Foto: TV Diário do Sertão

Desafios – O advogado ainda deixou uma mensagem de encorajamento aos colegas de profissão e estudantes de Direito que almejam seguir a carreira:

“Aos colegas advogados, aos estudantes de Direito que desejam seguir por essa batalha, saibam que não é fácil, não é fácil de verdade, mas é muito reconfortante. Quando conseguimos uma absolvição de alguém injustamente acusado, ou quando, durante o processo, conseguimos que uma pessoa tenha sua liberdade restabelecida, sabemos que isso foi fruto do nosso trabalho. Essas pessoas podem responder ao processo em liberdade, em atenção ao princípio constitucional do contraditório e da ampla defesa, além da presunção de inocência até o trânsito em julgado da sentença”, enfatizou.

Por fim, Claudenilo destacou o princípio que deve guiar a advocacia: “Temos sempre uma linha tênue que não podemos cruzar. Nunca devemos concordar com o crime, mas sempre, sempre e sempre defender a justiça”.

Na entrevista completa, o jurista também comentou sobre as lutas da advocacia criminal no Sertão da Paraíba, casos marcantes vivenciados ao longo da carreira, e os perigos que rondam a profissão. Confira o bate-papo na íntegra no vídeo acima da matéria.

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