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Bebê nasce com o coração fora do corpo e sobrevive à anomalia

O bebê veio ao mundo com o coração do lado de fora do corpo, uma rara anomalia que provoca a morte dos recém-nascidos em três dias.

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21/02/2012 às 09h58

Quando Ryan Marquiss nasceu, os médicos disseram aos pais dele que as chances de sobrevivência eram poucas. O bebê veio ao mundo com o coração do lado de fora do corpo, uma rara anomalia que, em noventa por cento dos casos provoca a morte dos recém-nascidos em três dias. Algumas crianças já nascem mortas. Mas, ao contrário do previsto, o pequeno já está comemorando o terceiro aniversário.

Além de estar do lado de fora do corpo, o coração de Ryan também não era totalmente desenvolvido e equivalia a meio órgão. A combinação de defeitos era tão rara, que o caso do americano, da Pensilvânia, é o único no mundo. Os médicos identificaram os problemas ainda durante a gestação e aconselharam que a mãe, Leighann Marquiss, fizesse uma aborto com 12 semanas de gravidez. Ela se recusou.

“Nós queríamos que tudo corresse de maneira natural, então nos recusamos a fazer o aborto”, explicou a Leighann, segundo informações do jornal “Daily Mail”. “Nós sabíamos que seria um milagre se ele sobrevivesse ao nascimento. Então o fato de ele estar aqui conosco hoje é maravilhoso”, destacou ela, que tem mais duas filhas.

O problema de Ryan, conhecido como ectopia cordis, afeta apenas oito em cada um milhão de nascimentos. O bebê nasceu em fevereiro de 2009, no Children’s National Medical Centre, em Washington. “Se ele sobrevivesse ao nascimento, o coração dele provavelmente seria infectado e ele morreria”, explicou Mary Donofrio, diretora do hospital. Mesmo que Ryan não fosse infectado, ele precisaria se submeter a uma operação de coração aberto, já que apenas um ventrículo funcionava. “Seria um milagre”, reiterou a médica.O coração de Ryan era coberto por uma fina membrana. Ele precisou se submeter a uma cirurgia com apenas duas semanas de vida, que garantiu que o fluxo sanguíneo atingisse o nível ideal. Nos anos seguintes, o menino passou por diversas outras operações e hoje, com três anos de vida, já consegue levar uma vida normal. “Ele foi muito corajoso”, lembrou a mãe. “Ele continuou lutando. Se recusou a morrer e provou que todos estavam errados”, acrescentou ela.

Os especialistas que cuidaram de Ryan acreditam que ele se transformou em um exemplo para outros bebês com o mesmo problema. No futuro, o menino vai precisar de um transplante de coração, mas por enquanto a saúde dele está bem. “Ele é mesmo um milagre da medicina. Todo dia com Ryan é um dia que os médicos disseram que ele não estaria conosco. Então valorizamos muito cada momento”, disse Leighann.


Extra Online

 

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