Ficha limpa ou suja? Veja um raio-x dos técnicos cotados para substituir Dunga na seleção

Ricardo Teixeira continua se escondendo da imprensa nos vários congressos da Fifa, aqui na África do Sul. Mas os quatro nomes que surgem para substituir Dunga vazaram na imprensa. Uns de propósito. Outros como balão de ensaio. Vamos direto aos porquês de Luiz Felipe Scolari, Mano Menezes, Ricardo Gomes e Leonardo estão sendo apontados como os favoritos para o desejado cargo de técnico da seleção brasileira. Esse é o quadro atual…

Luiz Felipe Scolari

O técnico está apalavrado com o Palmeiras. Ou seja: não assinou seu contrato. Combinou com o presidente Belluzzo que ficará no cargo até dezembro de 2012, período em que o dirigente deverá ficar, já que há enormes chances de ser reeleito. O interesse da CBF fez a diretoria do Palmeiras cobrar uma postura de Felipão. Belluzzo deseja que ele cumpra a sua palavra. Todos os planos de reformulação de equipe e busca de patrocínio giram em nome do novo técnico. Luiz Felipe já deu entrevista afirmando que ficará no Palmeiras. Mas a CBF está disposta a investir duro. Envolvendo até mesmo o dono da Traffic, J. Hawilla, amigo de décadas de Ricardo Teixeira. O alto salário de R$ 700 mil livres que o técnico acertou com o clube paulista terá de ser diminuído se ele desejar voltar à seleção. O empresário português Jorge Mendes acredita ser uma reviravolta o convite para treinador comandar o Brasil. Foi Mendes quem o levou para Portugal, Chelsea e a aventura no Uzbequistão. Hawilla cogita, se for Scolari o escolhido, sugerir a Belluzzo e Teixeira que aceitem o treinador trabalhar no clube e na seleção até o início de 2011, tempo suficiente para levar o Palmeiras de volta à Libertadores.

Mano Menezes

Andrés Sanchez disse aqui para quem queria e para quem não queria ouvir que faria o treinador corintiano o novo técnico da seleção. Andrés e Ricardo Teixeira se aproximaram muito na briga pela eleição para a presidência do Clube dos 13. Andres foi o primeiro a saber que o Morumbi não estaria na Copa de 2014. No período em que chefiou a delegação aqui na África do Sul, ele jantou inúmeras vezes com Teixeira. E garantiu que se fosse Mano e não Dunga o técnico, não haveria o clima de hostilidade entre a seleção e a imprensa. Mano tem no seu currículo o vice da Libertadores com o Grêmio. Campeonato Gaúcho, Paulista e Copa do Brasil com o Corinthians. Foi apresentado à Teixeira como um treinador duro, mas esperto, inteligente. Não compraria nunca a briga que Dunga comprou com a Globo. Embora faça teatro, Andres o liberaria imediatamente para a seleção.

Ricardo Gomes

Seu contrato está para vencer no São Paulo. Antes tem a terrível disputa nas semifinais da Libertadores contra o Internacional. Afável, culto, já esteve na CBF. Foi um fracasso. Comandou a seleção brasileira que não conseguiu vaga na Olimpíada de 2004. A marca de quanto ele deixou o clima frouxo entre os jogadores está na foto de Robinho baixando o calção de Diego. Falando inglês, francês, espanhol e português, o presidente da CBF sabe que com Ricardo Gomes, não teria trabalho em relação à imprensa. A postura pacífica, até demais, do treinador do São Paulo estimula o dirigente. Teixeira ainda está estressado graças aos inúmeros problemas criados por Dunga. Tudo o que ele quer é um pouco de paz. A alta cúpula da TV Globo gostou do nome de Ricardo Gomes. O aprovou com louvor. Mas já chegaram a Teixeira as queixas sobre a maneira muito amiga que ele tem de comandar seus jogadores.

Leonardo

Ricardo Teixeira é apaixonado por Leonardo. Sempre admirou sua inteligência, cultura, educação. O período que passou como treinador do Milan já o estimulava para contratá-lo como técnico da seleção brasileira. Porém, os aliados mais próximos de Teixeira insistem em comparar Leonardo com Falcão de 1991. O ar renovador que ele traria se confundiria com inexperiência. Dinheiro não seria problema porque Leonardo aceitaria ganhar menos da metade do que Felipão. Leonardo tem a aura de campeão mundial de 1994. Poderia até trazer Raí para trabalhar com ele na Comissão Técnica. Se dependesse só da amizade e simpatia de Teixeira, ele seria o escolhido. O dirigente sabe que ele não criaria problemas com a imprensa. Contra ele há o currículo fraco, a inexperiência e até o desastre de Dunga na Copa do Mundo.
 

R7

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