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Ronaldinho passa de intocável a substituído, e Joel afirma: ¨Acho que fiz o certo¨

Na sexta-feira, Joel Santana defendeu a teoria de que, mesmo com rendimento abaixo da média, jogadores como Ronaldinho Gaúcho deveriam ser mantidos em campo para impor respeito ao adversário. Na sua tese, o treinador definiu: “craque é craque”. Um dia depois, na noite deste sábado, o treinador tirou o camisa 10 e capitão do time […]

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27/05/2012 às 15h47

Na sexta-feira, Joel Santana defendeu a teoria de que, mesmo com rendimento abaixo da média, jogadores como Ronaldinho Gaúcho deveriam ser mantidos em campo para impor respeito ao adversário. Na sua tese, o treinador definiu: “craque é craque”. Um dia depois, na noite deste sábado, o treinador tirou o camisa 10 e capitão do time para colocar Deivid, aos 30 minutos do segundo tempo da partida com o Internacional. Em 21 jogos sob o comando de Joel, Ronaldinho atuou em 17, e pela primeira vez foi substituído. Nas três vezes que foi questionado sobre o assunto na entrevista coletiva depois do empate por 3 a 3, no Engenhão, ele falou em baixo rendimento, consciência e razão.

– Ele não estava rendendo o que achava que ele poderia render. E substituí pelo Deivid. Pronto – afirmou Joel Santana.
 

Pouco depois, ao ouvir o segundo questionamento sobre Ronaldinho, Joel colocou a mão na consciência:

– Fiz o que minha consciência pediu, aguardamos o máximo que podíamos aguardar para mexer.

Na terceira e última pergunta sobre o tema, o treinador apelou para a razão.

– Tenho de fazer as coisas pela razão, não pelo coração. Sou técnico do clube e represento uma torcida. Tenho de me comportar como meu "feeling" está pedindo. Tenho de saber quando o jogador está mal ou bem. Acho que fiz o certo. Minha consciência pediu, e eu fiz.

Na sexta-feira, ao ser questionado se é defensor da teoria de que um jogador tido como craque deve ser mantido em campo mesmo que não esteja rendendo o esperado, Joel disse que sim e rasgou elogios.

– Acredito (na teoria), o craque é o craque, em qualquer time é assim. Você estando com o ídolo em campo, o adversário vai sentir, vai respeitar. Você está com Ronaldo e Love dentro de campo, e o treinador adversário vai dizer: "Cuidado que a qualquer momento ele vai fazer (gol)". Eu estava num clube e fui tirar um jogador que era ídolo. Eu era o líder do campeonato. Estávamos perdendo o jogo. Fui tirar o jogador, o ídolo. Para que fui mexer no formigueiro? Aí, me bateram até cansar. Da outra vez, estava com o ídolo em campo, o jogo estava acabando, e ele estava muito mal. O preparador dizendo que ele estava mal. Eu disse: "Não mexe com ele, deixa ele lá". Deixei, e ele fez o gol. São coisas do futebol. É diferente quando está com ídolo ou não. A palavra ídolo já diz tudo – afirmou o treinador.

Ao ser substituído por Deivid aos 30 minutos do segundo empo, Ronaldinho quase tomou o rumo do vestiário, mas seguiu para o banco de reservas, de onde pode ouvir vaias e xingamentos de boa parte da torcida. Ao deixar o campo, jogador e técnico não se cumprimentaram.

A responsabilidade e a palavra final para armar o time são de Joel Santana. E com carta branca para substituir Ronaldinho Gaúcho. A cúpula do futebol, com a efetiva participação do diretor Zinho e aval da presidência do clube, já deixou claro que, caso o camisa 10 não esteja rendendo o esperado, o técnico não deve ter qualquer tipo de restrição em colocar o jogador mais caro do elenco e capitão no banco de reservas.

Globo Esporte

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