Com 12 desfalques por COVID, Palmeiras bate fluminense em casa por 2 a 0 no brasileiro
Com o triunfo, o Palmeiras foi a 34 pontos (em 20 jogos) na tabela e encerrou a 21ª rodada subindo na tabela, atualmente na 5ª colocação
Sem poder contar com Luan, Gabriel Menino, Danilo, Rony e Gabriel Silva (diagnosticados com covid-19), além de Weverton, Gustavo Gómez e Matías Viña (servido suas seleções nacionais, respectivamente o Brasil, Paraguai e Uruguai), o Palmeiras recebeu a equipe do Fluminense na noite deste sábado (14), no Allianz Parque, pela 21ª rodada do Campeonato Brasileiro. Pelo placar de 2 a 0, com dois gols de Raphael Veigano segundo tempo, aos 6 (de pênalti) e 14, o time comandado pelo técnico português Abel Ferreira saiu vencedor do duelo.
Ao ter saído vitorioso de campo neste sábado, o Maior Campeão do Brasil alcançou pela primeira vez desde novembro de 2019 o quarto triunfo seguido no Nacional – naquela oportunidade, superou o Avaí (2×1), São Paulo (3×0), Ceará (1×0) e Vasco (2×1) – já a série atual contempla vitórias sobre o Atlético-GO, 3 a 0, Atlético-MG, 3 a 0, Vasco, 2 a 0, e Fluminense, 1 a 0.
Essa quarta vitória seguida pelo Brasileiro, aliás, faz do Palmeiras o time com a atual maior série de triunfos da competição, ao lado do Grêmio (que superou Athletico-PR, 2 a 1, RB Bragantino, 2 a 1, Fluminense, 1 a 0, e Ceará, 4 a 2) e à frente do São Paulo, que vem de três seguidas (4 a 1 sobre o Flamengo, 2 a 1 sobre o Goiás e 3 a 2 sobre o Fortaleza).
De quebra, o time esmeraldino chegou ainda ao 8º duelo seguido com vitória no retrospecto geral, algo que também não acontecia desde 2019, quando, entre maio e junho daquele ano, quando o time chegou a uma sequência de dez triunfos no retrospecto geral (sendo essa a maior série deste século, ao lado de outra imposta entre fevereiro e abril de 2008).
Com o triunfo, o Palmeiras foi a 34 pontos (em 20 jogos) na tabela e encerrou a 21ª rodada subindo na tabela, atualmente na 5ª colocação (antes era o sexto colocado, com 31, atrás do Fluminense, antigo 5º, com 32). Atrás do Verdão, está o Santos, atual 6º colocado, com os mesmos 34 pontos em 21 jogos; e à frente estão o líder Atlético-MG (38 pontos em 20 jogos), o Internacional (vice-líder, 36 pontos em 21 duelos), o São Paulo (3º, também com 36 pontos, em 18 partidas) e o Flamengo (4º colocado, outro com 36 pontos, em 21 duelos).
Como consequência do resultado favorável, o Palmeiras manteve a sina de ter o Fluminense como a maior vítima de sua arena, inaugurada em 2014. Desde que possui essa configuração atual, a casa palmeirense recebeu Palmeiras e Fluminense sete vezes, e o Verdão venceu todas!
Além disso, marcou 17 gols e sofreu só três. Além disso, o Maior Campeão do Brasil igualou a sua maior série de vitórias como mandante frente o time das laranjeiras, chegando a sete resultados positivos seguidos em sua casa (todas no Allianz Parque, entre 2015 e 2020). Desta forma, igualou o recorde imposto entre 2002 e 2004, quando venceu o rival sete vezes como mandante.
Atualmente com seis vitórias seguidas como mandante (todas no Allianz Parque, entre 2015 e 2019) contra o Fluminense, o Palmeiras pode emplacar o sétimo triunfo seguido e igualar a série imposta entre 2002 e 2004, quando venceu o rival sete vezes como mandante – a maior do confronto nesta condição. Além destas, uma vez antes o Verdão chegou a seis vitórias seguidas em casa contra o Fluminense: foi entre 1947 e 1959, quando somou seis vitórias neste período, incluindo dois amistosos, três partidas do torneio Rio-São Paulo e um jogo válido pela Taça Roberto Monteiro.
Outro fator que chama a atenção é o número de vitórias do Palmeiras em sua casa considerando qualquer formato de estádio que já possuiu anteriormente (não só o Allianz Parque, inaugurado em 2014, como também as versões Parque Antarctica e Palestra Italia, que figuraram até 2010 no mesmo local). São agora 14 triunfos seguidos desde 2002. Ao todo, foram 32 jogos entre Palmeiras e Fluminense no local, em qualquer período (já com o desta noite), com 27 triunfos alviverdes, dois empates e somente três derrotas (71 gols marcados e 34 sofridos).
E pelo Brasileiro no Palestra Italia (também em qualquer período), como no caso deste sábado (14), foi só uma derrota em toda a história (são, com esta, 19 partidas, sendo a primeira uma vitória, em 1971, a segunda um empate, em 1988, uma sequência de quatro vitórias, entre 1992 e 1997 e, depois, o único revés sofrido, em 2001; desde então, são 11 jogos e 11 vitórias. Saldo total: 19 jogos, 17 vitórias, um empate e uma derrota (42 gols marcados e 15 sofridos).
Nos últimos 15 jogos, desde 2014, foram 10 vitórias palmeirenses sobre o Flu, um empate e quatro reveses. Já no total da história do confronto entre as duas equipes, o Alviverde também leva ampla vantagem: 113 jogos com este de hoje, 61 vitórias, 17 empates, 35 derrotas, 196 gols marcados e 154 gols sofridos
Nos aspectos individuais, o técnico Abel Ferreira se destaca por ter embalado sua quarta vitória seguida desde a sua estreia no comando técnico do Palmeiras (venceu o RB Bragantino, pela Copa do Brasil, o Vasco, pelo Brasileiro, o Ceará, novamente pela Copa do Brasil, e agora o Fluminense). Portanto, emplacou sua segunda vitória no Brasileiro.
Já dentre os jogadores, o nome do jogo foi Raphael Veiga. O meio-campista fez os dois gols do triunfo. O camisa 23, aliás, vive o ano mais artilheiro de sua carreira e chegou ao 11º gol em 2020 e, dentre os palmeirenses do elenco, está atrás só dos atacantes Willian (14) e Luiz Adriano (15). Autor de um dos gols da vitória do Palmeiras no duelo anterior, por 3 a 0, frente o Ceará, pela Copa do Brasil, no Allianz Parque, Raphael Veiga também vive a sua maior série de titular já obtida no Verdão: são nove jogos seguidos dentre os 11 principais.
Autor de seis gols nos últimos oito jogos da equipe (média de 0,75 gol por jogo neste período), Raphael Veiga é um dos dois palmeirenses a ter marcado em todas as competições regulares disputadas em 2020 – o outro é Luiz Adriano. Ele marcou uma vez no Paulista, seis no Brasileiro até aqui (sendo o vice-artilheiro do time, atrás só de Luiz Adriano, com sete), duas na Libertadores até o momento e outras duas na Copa do Brasil, enquanto o camisa 10 fez três gols pelo Estadual, sete pelo Brasileirão, quatro pela Libertadores e um na Copa do Brasil.
Ainda sobre o prélio deste sábado, vale registrar ainda a estreia do atacante Breno Lopes, aos 27 do segundo tempo, que entrou na partida no lugar de Willian Bigode, então capitão da partida – a braçadeira de autoridade máxima do time, com isso, foi passada para o lateral Marcos Rocha.
ATAQUE EM BOA FASE: 21 GOLS NOS ÚLTIMOS OITO JOGOS
Em suas oito partidas mais recentes, o Palmeiras anotou um total de 21 gols, registrando ótima média de 2,62 tentos por duelo: no último dia 21, no Allianz Parque, venceu o Tigre-ARG por 5 a 0, pela Libertadores, com gols de Raphael Veiga, Gustavo Gómez, Zé Rafael, Gabriel Veron e Rony; no domingo (25), em Goiânia, superou o Atlético-GO por 3 a 0 pelo Brasileirão, com gols de Wesley e Luiz Adriano, duas vezes; na quinta (29), em Bragança Paulista-SP, ganhou do Red Bull Bragantino por 3 a 1 pela Copa do Brasil, com gols de Raphael Veiga, Wesley e Luiz Adriano; na segunda (02), no Allianz Parque, bateu o Atlético-MG por 3 a 0 pelo Brasileirão, com gols de Raphael Veiga, Rony e Wesley; na quinta (05), no Allianz Parque, superou o Red Bull Bragantino por 1 a 0 pela Copa do Brasil, com gol de Gabriel Veron; no domingo (08), no Rio de Janeiro-RJ, ganhou do Vasco da Gama por 1 a 0 pelo Brasileirão, com gol de Luiz Adriano; na quarta (11), no Allianz Parque, bateu o Ceará por 3 a 0 pela Copa do Brasil, com gols de Gustavo Scarpa, Raphael Veiga e Gabriel Veron; e nesta noite superou o Fluminense com dois gols de Raphael Veiga.
No total das 47 partidas do ano, em apenas nove o Verdão passou em branco no placar. Desde a conquista do título paulista sobre o Corinthians, foram disputados 28 jogos (sendo 20 de Brasileiro, quatro de Libertadores e três de Copa do Brasil, além da decisão estadual), e a equipe só não marcou gol em três (contra o Guaraní-PAR, empate pela Libertadores, e diante de São Paulo e Fortaleza, derrotas pelo Brasileiro). Neste período, balançou as redes 48 vezes, média de 1,71 por jogo.
MELHOR DEFESA ENTRE TODOS OS CLUBES EM 2020
No geral da temporada, a média de 0,66 gol sofrido por partida de campeonato (30 gols em 45 jogos, sem contar torneios amistosos) coloca o Verdão na primeira posição entre os clubes com menor índice de gols sofridos no ano, superando o Grêmio, com 0,80 (38 gols em 47 jogos).
Considerando as partidas da Florida Cup, na pré-temporada, foram 31 gols sofridos em 47 jogos no total, média de 0,65 por partida, que coloca 2020 em 6º lugar no ranking dos anos com menor média de gols sofridos na história do Palmeiras, logo atrás de 2018, 5º com 0,63 – a primeira posição é do ano de 1972, com 0,54.
O Verdão tem ainda a melhor defesa de 2020 como visitante, com média de 0,62 gol sofrido por jogo (13 em 21 partidas), seguido pelo Grêmio, com 0,67 (16 em 24). Além disso, passou 52,3% dos jogos fora de casa sem sofrer gols (11 de 21) – é o segundo melhor índice entre todos os clubes, atrás do Grêmio, com 54,1% (13 de 24 jogos).
MENOR NÚMERO DE DERROTAS ENTRE TODOS OS CLUBES EM 2020
Excluindo amistosos e torneios amistosos e somando todas as partidas de campeonato disputadas pelos participantes da Série A na temporada 2020, o Palmeiras é o clube com o menor número de derrotas no ano, com seis, e possui também o menor percentual (13,33% – seis revezes em 45 jogos – contra 16% do segundo colocado Flamengo – oito em 50).
Até o tropeço diante do Botafogo, no início de outubro, o Palmeiras vinha de 20 jogos sem perder, registrando a maior invencibilidade do clube nos últimos oito anos e a terceira maior série invicta de um time a partir da estreia em uma edição de pontos corridos do Campeonato Brasileiro, com 12 partidas seguidas sem derrota, atrás apenas do Flamengo de 2011, com 15, e do Corinthians de 2017, com 19.
O JOGO
Apesar de ter praticamente ter repetido a escalação titular do jogo anterior (a única mudança foi Patrick de Paula como volante no lugar de Danilo, recém-diagnosticado com Covid-19), o Palmeiras teve um número menor de opções para utilizar no segundo tempo devido ao número de desfalques por Covid em relação à última partida (além do próprio Danilo, também estão nessa lista Gabriel Menino, Rony e Gabriel Silva – o zagueiro Luan já estava desde o duelo anterior, ante o Ceará, pela Copa do Braisl), além dos jogadores que que serviam suas seleções nacionais (Weverton, Brasil, Gustavo Gómez, Paraguai, e Matías Viña, Uruguai) e também dos lesionados (Luiz Adriano, Wesley e Felipe Melo – além do lateral-esquerdo Lucas Esteves, que está em transição).
Com isso, Abel Ferreira mandou a campo: Jailson, Marcos Rocha, Emerson Santos, Renan e Gustavo Scarpa; Danilo, Zé Rafael, Raphael Veiga e Lucas Lima; Gabriel Veron e Willian. Desta forma, o meio-campista Gustavo Scarpa fez sua segunda partida de titular improvisado na lateral-esquerda, já que Viña integra a Seleção Uruguaia e Lucas Esteves ainda se prepara para voltar aos gramados após sofrer lesão. Diante do Coritiba, em 14/10, Scarpa começou de titular no jogo pelo Brasileirão como meia, mas foi deslocado para a lateral após Esteves ter sido substituído por lesão (Viña estava na seleção celeste).
Vale destacar que no aquecimento dos times, o atacante Fred, do Fluminense, sentiu dores e foi desfalque de última hora, sendo substituído por Felippe Cardoso. O primeiro tempo do duelo Palmeiras e Fluminense não contou com muitas emoções, já que nenhuma das duas equipes conseguiu demonstrar bom entrosamento. Os 45 minutos iniciais praticamente ficou de grande área a grande área – o time das Laranjeiras até chegou a finalizar mais, porém as tentativas mais perigosas foram do Verdão: primeiro com Willian Bigode, aos 41 minutos, quando ganhou na corrida de Luccas Claro dentro da grande área e chutou, mas o goleiro Muriel faz boa defesa; depois, nos acréscimos, com Gustavo Scarpa, que mandou uma bomba à queima-roupa em Muriel após receber lançamento de Marcos Rocha, e o arqueiro tricolor novamente trabalhou bem.
Para o segundo tempo, o Palmeiras fez exatamente o que se espera do time mandante e impôs ritmo de jogo: da defesa ao ataque, todos os jogadores se movimentaram melhor, com destaque para Willian Bigode, que criou chances.
Mas quem realmente transformou as chances em gol foi Raphael Veiga, logo nos minutos iniciais da etapa derradeira. Após voltar sem alterações do intervalo, o Verdão abriu o placar aos 6 do segundo tempo com gol de Raphael Veiga de pênalti oriundo de chute de Lucas Lima na defesa adversária. O camisa 23 correu para a cobrança e bateu no meio, firme, de perna esquerda, enquanto o goleiro Muriel, que vinha bem na partida, caiu para o canto. (Palmeiras 1×0 Fluminense)
O segundo gol não demorou a sair, em tabela do próprio Veiga com Willian Bigode. O meia recebeu do camisa 29 e chutou rasteiro, com eficiência, dentro da grande área, para fazer o segundo do time palestrino. (Palmeiras 2×0 Fluminense)
A partir daí, o Verdão até sofreu certa pressão do Fluminense, que não tinha mais nada a perder. A partir dos 25 minutos, o goleiro Jailson começou a trabalhar mais e foi imprescindível em alguns lances com suas defesas para que o Alviverde passasse em branco mais um jogo no placar: foi assim, por exemplo, nas tentativas de Felippe Cardoso.
Após alguns minutos, o Palmeiras retomou controle da partida e aí vieram as alterações de Abel Ferreira para ajudar o Verdão a consolidar o pulso do jogo. Aos 30, saiu Willian para a entrada do também atacante Breno Lopes; e aos 32, saiu o meia Zé Rafael para a entrada do volante Ramires, fazendo o time ficar mais fechado. Não demorou muito, ainda deu tempo de Lucas Lima sair, aos 35, para a entrada do lateral Mayke, que jogou como uma espécie de volante de linha.
Desta forma, com 12 desfalques e na superação, venceu o Fluminense com destaque para um ótimo segundo tempo.
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