VÍDEO: Professor alerta para riscos dos “desenhos alucinógenos” para crianças e seus impactos na vida adulta
Ivo Lavor faz uma análise de como esses desenhos, que mudam de cor e formato a cada poucos segundos, podem afetar a vida real das crianças
Na coluna semanal Diário Educação dessa semana, o professor Ivo Lavor alertou sobre os riscos dos chamados “desenhos alucinógenos”, que, segundo ele, podem ter impactos significativos no desenvolvimento infantil e na vida adulta.
O educador explica que esses desenhos, que mudam de cor e formato a cada poucos segundos, são programados para prender a atenção das crianças, mas podem causar uma sobrecarga de dopamina no cérebro.
Ivo lavor define os “desenhos alucinógenos” como aqueles que utilizam uma programação visual rápida para capturar a atenção. “Até aí tudo bem, prender a atenção das crianças é tudo que nós queremos”, afirma ele, ressaltando que muitos pais e cuidadores utilizam essa estratégia para manter as crianças quietas. No entanto, o professor questiona o motivo de essa tranquilidade e os impactos que ela provoca a longo prazo.
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Segundo o professor, a razão pela qual as crianças se concentram intensamente nesses desenhos é a liberação de dopamina, um neurotransmissor associado ao prazer.
“Nós adultos, por exemplo, quando a gente ganha um prêmio, quando a gente ganha um elogio, quando nós vencemos um jogo ou quando comemos algo gostoso, o nosso cérebro ele envia o que chamamos de dopamina”, explica Lavor. A mesma lógica se aplica aos “desenhos alucinógenos”, que fornecem doses constantes desse neurotransmissor.
O problema, segundo o educador, não é a dopamina em si, que é necessária, mas sim a forma “desproporcional” com que as crianças estão recebendo-a, principalmente em uma idade em que deveriam ser estimuladas de outras maneiras. O excesso de dopamina em tão pouco tempo pode, de acordo com o professor, trazer complicações para a vida adulta.
Ivo Lavor alerta que a exposição exagerada a essa sobrecarga de dopamina na infância pode estar ligada a vícios na vida adulta, como o alcoolismo ou a busca desenfreada por prazeres, como em esportes radicais.
“A vida real se torna chata”, diz Lavor, ao citar o desinteresse de crianças expostas a essas doses de dopamina por atividades simples, como brincar no parque, ouvir uma história ou jogar bola.
Ele defende que as experiências da vida real são fundamentais para a aprendizagem. Para ele, o esforço, a espera e a repetição são elementos cruciais para o desenvolvimento cognitivo e não são mais tolerados por crianças que se acostumaram a uma gratificação instantânea.
O professor encerra a análise com uma reflexão sobre a importância de estimular a criança para além das telas, valorizando as experiências que geram esforço, espera e repetição, elementos essenciais para a aprendizagem e para a formação de um adulto equilibrado.
Clique aqui e saiba mais sobre o professor Ivo Lavor. Acesse seu canal do Youtube aqui.
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