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"Piancó vive um dos piores momentos administrativos", diz vereador

A prefeita vive fora e, quando chega em Piancó, ela se esconde, e seu contato é apenas com um grupinho muito pequeno de pessoas”, lamenta o vereador Sousinha.

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15/12/2009 às 07h03

È lamentável observar como o Vale do Piancó está sendo mal administrado pela prefeita Flávia Galdino, numa gestão que começou com muita ostentação, mas que chegou ao seu quinto ano com uma péssima atuação da mesma.

Ao iniciar o seu governo, a gestora Flávia parecia estar motivada a promover uma grande administração regional, entretanto o esplendor de algumas boas ações acabou perdendo prestígio para diversas outras desastrosas.

Situação Difícil

Infelizmente, a situação administrativa de Piancó está muito difícil, pois a prefeita teve as contas de 2005 (primeiro ano de sua gestão) reprovadas pelo Tribunal de Contas da União, e não resolvidas pela Câmara Municipal, o que tornou Flávia inelegível. Ela também responde a diversos processos por improbidade administrativa, além da Ação Civil Pública contra o Município por irregularidades na realização de um segundo concurso público, e a não convocação dos aprovados da primeira chamada.

Um dos principais problemas que se levanta a respeito da prefeita, é que depois de sua reeleição, em outubro de 2008, é a sua ausência e, muitas vezes, o que é pior, é que esta se tornou incomunicável com os seus próprios aliados.

Revolta

“Eu não tenho dúvida de que essa é uma das piores administrações do Município, porque os prefeitos anteriores também atravessaram crises, mas viviam aqui, junto ao povo, recebendo as pessoas e as entidades, mas a prefeita vive fora e, quando chega em Piancó, ela se esconde, e seu contato é apenas com um grupinho muito pequeno de pessoas”, lamenta o vereador Sousinha.

Em toda a história administrativa de Piancó, nesses últimos três anos, o gabinete da prefeita foi o que passou maior tempo fechado. As intervenções administrativas internas e a dificuldade de Flávia Galdino atender e ouvir os seus aliados tem levado a gestora a perder o apoio de companheiros históricos e importantes, a exemplo do ex-vereador Joca Brasilino; do vereador Sousinha; do empresário André Galdino, que foi fundamental na eleição e reeleição da Doutora; e da vereadora Cotil, que já anunciou o seu rompimento com a gestora.

Paralisia e demissões

Além dos inúmeros problemas administrativos já existentes, entre os quais as denúncias de irregularidades em todos os setores, contas rejeitadas, concursos público anulado, atraso de salário, demissão de prestadores de serviços, inclusive garis, abandono da zona rural e nenhuma obra com recursos próprios, a gestora criou outros, e por Decreto:

Suspendeu alguns serviços básicos do Município, entre os quais o transporte de estudantes universitários para Patos, a Cozinha Comunitária, o Centro de Inclusão Produtiva, o Centro de Referência Especializado em Assistência Social (Creas), o Centro de Convivência com os Idosos e as repartições terapêuticas e psiquiátricas.

De acordo com a prefeita, a suspensão desses serviços é em decorrência da baixa do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), e o não recebimento de recursos de Brasília para a manutenção desses serviços federais. Entretanto, o vereador Sousinha rebate o argumento da prefeita: “Se ela quisesse realmente cortar despesas, a primeira coisa que deveria ter feito era suspender os aluguéis dos inúmeros carros que existem por aí recebendo da Prefeitura, e sem prestar serviço, além de outras despesas desnecessárias”, comentou o vereador.

RAQUEL ALEXANDRE
Da redação do Diário do Sertão

Com Jornal Folha do Sertão

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