MP quer que Globo explique sobre contágio de Aids no BBB
O Ministério Público moveu uma ação nesta terça-feira (23) para que a Globo exiba, enquanto ainda estiver no ar o BBB, uma explicação sobre como se contrai o vírus do HIV. Tudo isso por conta de uma polêmica declaração de Dourado no início de fevereiro. Na ocasião, o lutador disse que "hetero não pega aids" […]
O Ministério Público moveu uma ação nesta terça-feira (23) para que a Globo exiba, enquanto ainda estiver no ar o BBB, uma explicação sobre como se contrai o vírus do HIV. Tudo isso por conta de uma polêmica declaração de Dourado no início de fevereiro.
Na ocasião, o lutador disse que "hetero não pega aids" e ainda completou a sua afirmação dizendo que pegou a informação com um médico: "um homem transmite para outro homem, mas uma mulher não passa para o homem".
De acordo com o Procurador Regional dos Direitos do Cidadão em São Paulo, Jéferson Aparecido Dias, ao optar pela exibição da fala de Dourado, a Globo "prestou um desserviço para a prevenção da aids no Brasil".
Para o MPF, devido à persuasão e formação de opinião que a TV exerce no país, a lesão social causada pela declaração do lutador é evidente. "Num país em que a aids cresce entre mulheres casadas e idosos, a declaração de Dourado, exibida pela Globo, é ainda mais perigosa e é preciso a intervenção do MPF", afirmou.
Procurada pela reportagem do Terra, no dia 9 de março, para comentar sobre o episódio, a Central Globo de Comunicação afirmou que "a emissora não é responsável pelas declarações e opiniões pessoas dos participantes de reality show".
Segundo a ação, o artigo 13 da Constituição garante a liberdade de expressão, mas que os autores e veiculadores de opinião estão sujeitos a serem responsabilizados, quando ferirem direitos e reputação de outras pessoas.
"Ao veicular uma afirmação completamente equivocada acerca das formas de contrair ou transmitir o vírus HIV, em um dos programas de maior audiência de sua grade televisiva, a TV Globo deixou de atender aos princípios da legalidade e moralidade", enfatizou o procurador.
No entanto, não há como saber se dará tempo disto acontecer, já que o programa termina em seis dias. Desta forma, foi pedido urgência para a concessão da liminar. "Se não for concedida a liminar, o público alvo do programa continuará desinformado", pediu a ação.
Do Portal Terra
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