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VÍDEO: Apresentador da TV Diário faz registro emocionante no local em que seu avô faleceu há quase 40 anos

Na zona rural de Cajazeiras, ao lado de sua mãe [Damires Alves Cassemiro e de sua filha, a pequena Lívia Emanuely, de 11 anos, bisneta de seu Lino], o radialista registrou em vídeo a fala de uma testemunha que presenciou o falecimento de seu ente querido

Por Luiz Adriano

02/11/2024 às 19h35 • atualizado em 02/11/2024 às 19h42

O apresentador José Dias Neto, da TV e Rede Diário do Sertão, conhecido popularmente por “Zé Neto”, esteve neste dia 2 de novembro, Dia de Finados, visitando o sítio Ponta D’Água, onde seu avô, Lino José Cassemiro, faleceu há cerca de 40 anos.

Na zona rural de Cajazeiras, ao lado de sua mãe [Damires Alves Cassemiro e de sua filha, a pequena Lívia Emanuely, de 11 anos, bisneta de seu Lino], o radialista registrou em vídeo a fala de uma testemunha que presenciou o falecimento de seu ente querido, um senhor chamado Antônio Nazário, que ainda hoje mora no local.

“Eu cresci ouvindo os relatos sobre a morte do meu avô materno, Lino José Cassemiro, relatos de uma morte como a gente vê nos filmes nordestinos de época, quando o falecido é carregado por pessoas dentro de uma rede ao som da excelência (benditos próprios para sepultamentos que eram entoados e compostos pela religiosidade popular)”, diz Zé em um trecho de sua postagem em suas redes sociais.

Com riqueza de detalhes, Zé Neto conta o relato da testemunha. “O que eu tinha ouvido, hoje pude comprovar porque conheci uma testemunha, um homem que conheceu meu avô e ajudou a carregar ele numa rede, em busca de socorro. Esse homem se chama Antônio de Nazário. Ao relembrar a morte do meu avô, no sítio Ponta D’Água, um lugar na época isolado e sem acesso a veículo, para chegar à estrada que dava acesso a Cajazeiras, somente à pé. Então, com um homem doente, sem capacidade de andar, a única forma de buscar ajuda era armar uma rede numa vara comprida e levá-lo para um lugar em que fosse possível estacionar um carro para socorrê-lo ao hospital. Não deu tempo. Depois de uma caminhada de mais de uma légua, meu avô pediu: ‘’pode parar aqui que o Lino tá morrendo’’. Ali mesmo morreu”, escreveu José Dias.

Túmulo do avô de Zé Neto – Foto: José Dias Neto

Em seu texto que faz o leitor se aprofundar e se emocionar com a história, o autor continua enfatizando ainda mais a realidade da época, apontando para a falta de assistência à população devido ao isolamento geográfico. Sem acesso à saúde, a família não sabe até hoje o que de fato causou a morte de seu avô. “A causa morte não sabemos ao certo, mas tudo leva a crer que foi por causa de uma hérnia que estrangulou, fazendo com que ele perdesse muito sangue e não resistisse”.

Em seu emocionante texto, Zé Neto enfatiza a importância da visita deste sábado, 2 de novembro de 2024. “Hoje, mãe, eu e minha filha Lívia, descendentes de Lino José, fomos até o local em que ele descansou o ‘sono dos justos’ há quase 40 anos, na companhia de uma testemunha deste fato. Visita que reordenou a ausência e deu lugar a gratidão a Deus porque embora eu não o tenho conhecido, sua história e sua vida não foram esquecidas”, destacou.

Com o título “O LUGAR, A SAUDADE E AS LEMBRANÇAS REORDENADAS”, Zé neto finaliza trazendo à tona o exemplo de vida de seu avô e focando na religiosidade e na fé em Deus, mostrando que o homem justo sempre aguarda a ida para o céu.

“Ele não é apenas uma lembrança. É uma memória reordenada que a partir de hoje tem sentido de vida na minha vida. A emoção de mãe de estar neste lugar é nossa emoção. Emoção de quem reordena saudade em louvor a Deus porque viemos Dele e para Ele voltaremos. A vida dos justos está nas mão de Deus. Nenhum tormento os atingirá”, concluiu.


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